sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FINALMENTE



FINALMENTE
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de dezembro de 2012.
Crônica Nº 934

Depois de uma luta ferrenha para que “Lampião em Alagoas” e “Negros em Santana” viessem a lume, finalmente temos os dois livros em mãos, quentinhos, saídos do forno. Um ano de espera que tabelava com a burocracia muito mais do que o tempo dos escritos. Os autores resolvemos marcar o lançamento de ambos os livros para o dia l2 de janeiro (sábado), cujo local poderá ser o tradicional Tênis Clube Santanense.  
“Negros em Santana”, um TCC de Especialização em Geo-História transformado em livro paradidático, conta a história, até aonde os autores alcançaram, dos pretos chegados ao município de Santana do Ipanema. São citados lugares e origens da área urbana e rural como Olho d’água do Amaro, Mocambo, Laje dos Frades, Lagoa do Mijo, Alto do Tamanduá, Tapera do Jorge, Cajarana e Alto dos Negros. Figuras pretas conhecidas e a contribuição social faz com que o livro seja indispensável, uma pérola nas mãos de pesquisadores, professores estudantes de Santana do Ipanema, complementando sua História, Geografia e Sociologia regional. Livro para ser usado pelo Magistério do município, principalmente, auxiliar da História Completa de Santana do Ipanema que em breve será publicada. “Negros em Santana”, editado pela Grafpel contém cinquenta e poucas páginas e foi escrito pelos professores Clerisvaldo B. Chagas, Marcello Fausto e Pedro Pacífico V. Neto. Os dois últimos estreando no mundo literário.
“Lampião em Alagoas” é uma narrativa dos episódios “lampiônicos”, antes espalhados em livros, revistas, jornais e outras fontes, agora ordenados em ordem cronológica, que tem início em 1917, com a morte de Delmiro da Cruz Gouveia. Desse ponto e com a chegada dos Ferreira a Alagoas (1918), prossegue a narrativa até a chacina de Angicos (1938), fim de Lampião e Maria Bonita. Para quem aprecia esse tipo de leitura, não faltarão emoções da página 1 a página 468, numa edição da Grafmarques. As apresentações são do pesquisador Inácio Loiola e Silvio Bulhões, o filho de Corisco e Dadá.
A apresentação do livro acontecerá junto com os convites a partir do dia 26 próximo e o seu lançamento poderá ocorrer em inúmeras cidades nordestinas que aguardam ansiosamente esse trabalho anunciado. FINALMETE.

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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

TADEU, FLORO E OSCAR



TADEU, FLORO E OSCAR
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de dezembro de 2012.
Crônica Nº 933

Dos escritores da primeira leva de Santana do Ipanema, releio (coisa rara) o mestre Tadeu Rocha e Floro de Araújo Melo.
Em 1951, quando eu tinha cinco anos, Tadeu lançou seu “Caderno de Geografia do Brasil” e, em 1963, brindou os leitores com a obra “Delmiro Gouveia, o Pioneiro de Paulo Afonso”, talvez sua obra mais conhecida.  É do mestre também, entre outras, “Modernismo & Regionalismo”, uma edição pujante que fala sobre os movimentos literários do Nordeste e dos insignes dessa literatura. Maceió tem interesse particular no livro do santanense que não deixa de citar movimentos da sua terra.
Floro de Araújo Melo, nascido também no tempo de Santana vila, possui várias obras publicadas, porém, gostei de certa maneira do livro “Vim para ficar”, editado no Rio de Janeiro em 1981, pela editora Borsoi. O autor conta boa parte da sua vida, e do seu sofrimento desde que deixou a sua terra para estudar em Maceió e depois no Rio de Janeiro, aonde veio a falecer. Como fonte de pesquisa, é importantíssimo para algumas áreas da Educação e clareia muito bem uma época ainda dominada pelo carrancismo familiar. Nunca pude me desfazer desse simpático livro o qual o autor me faz autógrafo carinhoso.
Minha preferência, contudo, sempre recai no meu autor santanense preferido Oscar Silva, pertencente à mesma leva dos primeiros escritores. “Fruta de Palma”, sua primeira obra publicada, me cativa pela simplicidade e modo de dizer as coisas pela boca de um homem criado com avó, combatente contra a fome, a seca e a miséria. Um guerreiro com “G” maiúsculo saído da região do riacho João Gomes para o mundo. O mundo das volantes, das revoluções, dos inúmeros e míseros ofícios, do concurso público, da Coletoria Federal, da Literatura, cujos primeiros passos entram no “Modernismo & Regionalismo” do conterrâneo Tadeu.  
Estão aí os três primeiros escritores de Santana mais conhecidos. Aqui e ali pingam crônicas deste autor que procura chamar à responsabilidade, estudantes da terra que não podem deixar no esquecimento os valores maiores de um povo. Os ventos sopraram hoje para os lados de TADEU, FLORO E OSCAR.



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