terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A MORTE DO VAQUEIRO



A MORTE DO VAQUEIRO
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de dezembro de 2014
Crônica Nº 1.325

Homenagem a Gonzaga.


“A MORTE DO VAQUEIRO
Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Tão dolente a cantar
Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido,
Nas quebradas do sertão.
Nunca mais ouvirão
Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro
Que inda chora
Sua dor
É demais tanta dor
A chorar com amor
Rengo, lengo, engo, lengo,
Tengo, lengo, tengo
Tendo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo”.

“A toada ‘A Morte do Vaqueiro’ foi gravada no ano de 1963 em um disco de 78RPM, tendo Nelson Barbalho como parceiro de autoria. Em depoimento à jornalista francesa, Dominique Dreyfus, que escreveu a biografia ‘Vida do Viajante – A Saga de Luiz Gonzaga’, Nelson Barbalho relembrou o momento da composição: “A Morte do Vaqueiro foi composta na rua Vidal de Negreiros, nº 11, no Recife. Nós almoçamos juntos e depois fomos para a sala. Tinha um relogiozinho feito de coco, daqueles que balançam e Luiz ficou olhando o relógio e, daqui a pouco, falou: ‘eu sempre tive vontade de prestar uma homenagem a um primo meu, que era vaqueiro e foi assassinado lá no Sertão’. E ele contou a história de Raimundo Jacó que foi assassinado na caatinga, e nunca ninguém soube quem era o culpado. Eu disse que isso podia fazer um baião danado de bom, e na mesma hora ele pegou na sanfona e fez: ‘Lá lari lari lara’ e eu fiz ‘Numa tarde bem tristonha’; e ele: ‘Larará lará Lara’ e eu: ‘Gado muge sem parar/ relembrando seu vaqueiro/ que não vem mais aboiar’ e, no final da tarde, a música estava pronta”.


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domingo, 14 de dezembro de 2014

FUTEBOL FEMININO



FUTEBOL FEMININO
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de dezembro de 2014
Crônica Nº 1.324
MARTA. (Foto: Divulgação/Mowa Press.)

“Marta mais uma vez deu show. Com três gols – um deles um golaço – a camisa dez comandou a virada por 3 a 2 sobre os Estados Unidos pela segunda rodada do Torneio Internacional de Brasília de Futebol Feminino. De quebra, a seleção brasileira já garantiu vaga antecipada na decisão do próximo domingo.
(...) a partida no Mané Garrincha com susto para o time do técnico Vadão. Com apenas 11 minutos, as norte-americanas já venciam por 2 a 0 com gols de Carli Lloyd e Megan Rapinoe, com direito a falha da goleira Luciana.
Mas a situação começou a mudar aos 18 minutos. Marta recebeu lançamento, avançou a área e bateu firme na saída de Hope Solo.
Na segunda etapa, a craque deixou tudo igual com um golaço. Ela deixou três marcadoras para trás e bateu cruzado. E a virada veio com uma dose de sorte. Marta arriscou de fora da área e Hope Solo aceitou: 3 a 2”.
Esse foi o comentário da Band que transmitiu o jogo e, nós brasileiros, matamos um pouco a saudade do futebol feminino, principalmente jogado em casa.
Mas continuamos sem saber como anda o futebol feminino de uma forma geral no Brasil. Esse filão empregatício, entretanto, parece andar muito devagar, mesmo com o incentivo da melhor jogadora do mundo. As notícias sobre essa modalidade são mornas, mesmo o esporte sendo praticado em várias cidades brasileiras. Compreende-se também que um esporte onde entra fortuna, só vive reclamando da crise financeira, algum mistério existe. E se o futebol dos homens não para de chorar, onde arranjar, então, dinheiro para se organizar um campeonato nacional feminino com a participação de todos os estados?
Apesar de tantas recomendações de autoridades esportivas, tudo indica que as mulheres terão ainda que esperar bastante para acontecer. E nós, os marmanjos, a olhar infinitamente as pernas cabeludas de outros machos iguais a nós. É dose!











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