quarta-feira, 15 de julho de 2015

A IGREJA COMEMORA

Altar da Matriz S. Santana. Foto: (Clerisvaldo).


A IGREJA COMEMORA
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de julho de 2015
Crônica Nº 1.451

Este ano a Igreja Matriz de Senhora Santa Ana (Santana) assinala 228 anos de fundação, continuando a ser ainda o mais importante cartão postal da cidade de Santana do Ipanema, sertão de Alagoas.
Não é somente a Igreja que aniversaria, mas também todo o município, cuja cidade nasceu junto à construção do templo católico.
Há 228 anos chegou a nossa região, o santo, milagreiro e visionário, padre Francisco José Correia de Albuquerque, conhecido como Santo padre Francisco. Naquele longínquo ano de 1787, ficou o santo padre hospedado na casa do fazendeiro Martinho Rodrigues Gaia, que chegara em 1771, após adquirir uma sesmaria, cuja sede passou a ser a sua fazenda. Francisco trouxe na bagagem uma imagem de São Joaquim e outra de Santa Ana, diretamente da Bahia, a pedido da esposa de Martinho, Ana Teresa. Ainda a pedido da primeira devota da santa nessa região, o padre fez erguer uma capela nas terras do fazendeiro, contando bastante com sua ajuda.
Erguida a capela, Francisco dourou o altar e esculpiu em madeira a imagem do Cristo Crucificado. Terminado o serviço, o padre colocou no altar as imagens de São Joaquim, Senhora Santana e o Cristo por ele confeccionado. A capela foi inaugurada em 1787, mesmo ano em que o sacerdote chegara ao lugar. Daí em diante, o arraial de mamelucos formado entre 1771 e 1787, passou a ser chamado de SANT’ANNA DA RIBEIRA DO PANEMA.
A capela fundada pelo padre Francisco Correia, recebeu sua primeira reforma em 1900, através do pároco de Santana, Capitulino de Carvalho, natural de Piaçabuçu (AL). Sua segunda grande reforma teve início em 1947, quando estava à frente dos seus trabalhos o cônego José Bulhões, natural do povoado sanfranciscano de Entremontes (AL).
Vai ter início a grande festa de Senhora Santana, a maior festa religiosa do interior de Alagoas, em cima dos seus 228 anos.
* baseado no livro: "O boi, a bota e a batina, história completa de Santana do Ipanema. Foto do livro inédito: "228".



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terça-feira, 14 de julho de 2015

O TOMBO NA BARRA DO IPANEMA



O TOMBO NA BARRA DO IPANEMA
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de julho de 2015
Crônica nº 1.450
I. de N. S. dos Prazeres,  erguida em 1624. Foto em 2014. (Clerisvaldo).

Muito me alegrou a notícia de que uma filha do povoado Barra do Ipanema, iniciou um trabalho para tombamento da igreja do alto do morro-ilha de Nossa Senhora dos Prazeres, no rio São Francisco. O morro está diante da foz do rio Ipanema, o mais importante rio periódico de Alagoas e afluente do Velho Chico. É ali naquele povoado do município de Belo Monte que se destaca no cimo do morro, a igreja erguida em 1624. Domina o cenário paradisíaco da região, a igreja em que o padre Francisco José Correia de Albuquerque, um dos fundadores de Santana do Ipanema, pregava suas missões.
A senhora Girlene Monteiro, ausente da sua terra, agora pretende resgatar a história e a cultura do seu povo, quando assim procedeu trazendo de volta o esquecido padroeiro São João, para uma noite memorável de autoestima e magnífica festividade no povoado Barra do Ipanema.
Pesquisando incessantemente sobre a origem da igreja do morro, leu o livro “Ipanema, um rio macho” e procurou descobrir o autor até encontrá-lo através de celular. Tudo indica estar se formando uma parceria em prol de um resgate cultural, histórico, geográfico, sociológico e econômico do lugar que apaixonou o autor do livro.
Estamos trocando informações que por certo serão de grande valia para os destinos, não só da igrejinha de Nossa Senhora dos Prazeres (estive lá cerca de cinco vezes) como para o povoado num todo. O potencial turístico continua firme na região, aguardando a sua vez desde a construção da igreja, em 1624.
Além das pessoas que estão ao lado da senhora Girlene, inclusive um pároco da região, convidei o escritor Marcello Fausto (elaborando o seu livro: (“Lucena, o coronel proibido”) para fazermos outra visita à Barra, desta vez com os mesmos objetivos culturais, tendo o professor de História aceito no ato. Quem sabe, mais tarde poderemos convidar outros profissionais interessados em colaborar com projetos importantes para ajudar Girlene Monteiro a tombar a igreja, fundar biblioteca, museu e um centro local para desenvolver as potencialidades que a Natureza oferece.
Barra do Ipanema, um paraíso perdido em Alagoas. Recentemente a TV Gazeta, ganhou um prêmio pela reportagem que fizemos juntos sobre o rio Ipanema em Alagoas, inclusive com cenas no povoado Barra do Ipanema.

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