quarta-feira, 9 de maio de 2018

A PRESTIGIADA MENTE DOS CIENTISTAS


A PRESTIGIADA MENTE DOS CIENTISTAS
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de maio de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.898

IMAGEM: FOLHA/BBC.
Neste velho mundo misturado uns se dirigem para o fim do planeta, enquanto outros ainda procuram soluções para a humanidade.
Todos os anos uma área de terra do tamanho do estado de São Paulo, se converte em deserto, no mundo. Além dos desertos já existentes, outros vão surgindo engolindo as terras férteis e gerando a fome.
Mas o cientista norueguês Kristian Morten Olisen, inventou nos seus estudos uma maneira de fertilizar os desertos. Para isso entrou em parceria com o fazendeiro no deserto dos Emirados Árabes, Faisal Mohammed Al Shimmari, num projeto para testar o seu invento. É um lugar onde a temperatura pode facilmente chegar aos 50 graus. Nessa região, os fazendeiros costumam trazer água em navios para tentar a lavoura normal. A dificuldade de se plantar no deserto leva os Emirados a importar cerca de 80% da sua alimentação.
A técnica de Olisen, que vem sendo desenvolvida desde 2005, consiste em recobrir a areia com partículas de argila líquida. Esta argila faz unir os grãos de areia fazendo com que ela adquira a virtude de reter água. Assim, o solo pobre e degradado pode se tornar fértil em apenas 7 horas.
Pelo sucesso obtido, a tendência da tecnologia é espalhar-se pelo mundo, fertilizando terras áridas e acabando com a fome.
“A tecnologia chamada ‘Liquid Nanoday’ (nanoargila) está sendo desenvolvida desde 2005”
“O tratamento recobre as partículas de areia com argila e muda completamente suas propriedades físicas, permitindo que a areia retenha a água”, diz Olisen.
‘É um processo, que segundo o cientista não necessita do uso de nenhum agente químico’. “Podemos transformar os solos arenosos de baixa qualidade em terras agrícolas de alto rendimento em sete horas”
 “Simplesmente misturamos argila natural na água que colocamos sobre a areia e criamos uma capa de meio metro no solo que converte a areia em terra fértil”, explica Ole Morten Olesen, filho de Kristian e diretor de operações da empresa Desert Control, fundada por seu pai para vender a tecnologia.
(adaptado da FOLHA/BBC).




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terça-feira, 8 de maio de 2018

GRACILIANO RAMOS E O PADRE BULHÕES


GRACILIANO RAMOS E O PADRE BULHÕES
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de maio de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.897

Busto do Pe. Bulhões. Foto: (B. Chagas).
Apresentamos mais uma vez segredo literário escondido, uma vez que livros importantes santanenses, não são reeditados. Representam relíquias e poucos sabem da existência daquela edição ou daquela outra que foi editado para gerações passadas. O texto abaixo é comentário sobre o romance de Graciliano Ramos, “Caetés”, cuja identificação completa, acha-se no final. Temos mais uma vez como público alvo, professores de Português – Literatura, universitários e pesquisadores em geral.
A preguiça pela leitura leva o jovem apenas a clicar na foto e, o texto que se dane! É a perpetuação do analfabetismo pela cibernética Mesmo assim, vejamos:
 “Se José Lins do Rêgo romanceava o mais importante gênero de vida adotado na mata costeira nordestina, Graciliano Ramos retratava, nos seus livros, a terra e o homem do agreste e sertão da nossa região geográfica. O cenário de “Caetés” é a cidade de Palmeira dos Índios, antes que lá chegassem os trilhos da “Great Western” e se multiplicassem os caminhões, que hoje levam do Recife e Maceió a civilização e as doenças, o progresso e a miséria. O escritor inspirou-se na vida municipal do sertão alagoano, a fim de criar as suas personagens. Por isso mesmo é que o Pe. Atanásio, tanto representa o Vigário Francisco Macedo, de Palmeira dos Índios, como o Vigário José Bulhões, de Santana do Ipanema. Os políticos de “Caetés” são os mesmos de Palmeira, Pão de Açúcar ou Água Branca. João Valério era guarda-livros da firma Teixeira & Irmão, como poderia sê-lo de Tertuliano Nepomuceno, em Santana, ou de Antônio Rodrigues, em Mata Grande. Aliás, foi um guarda-livros de Santana do Ipanema, meu fraternal amigo o poeta Valdemar Lima, quem primeiro me falou em “Caetés”, nas férias escolares de 1930 para 1931. O romance foi escrito em Palmeira, retocado em Maceió e publicado no Rio. Para o grande público o livro surgiu em 1933, mas fazia três anos que os seus originais passavam de mão em mão, entre os jovens intelectuais da capital de Alagoas”.
ROCHA, Tadeu. Modernismo & Regionalismo. Oficial, Maceió, 1964. 2a Ed. Págs. 84-85.


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