terça-feira, 15 de maio de 2018

PROFESSORES - RELEVO - PROFESSORES

PROFESSORES – RELEVO – PROFESSORES
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de maio de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.902
RELEVO SANTANENSE. FOTO: (B. CHAGAS).

Tivemos três importantes fases de classificação do Relevo Brasileiro. A primeira com o professor Aroldo de Azevedo (década de 1940), falecido em 1969. A segunda classificação do Relevo Brasileiro, surgiu com o extraordinário geógrafo, Aziz Ab’Saber, em 1962, que ampliou a classificação primeira de Aroldo Azevedo. A terceira classificação do Relevo Brasileiro é a chamada Classificação de Jurandy Ross, professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, com uma proposta em 1989. Essa proposta foi baseada no Projeto Radam e Radam Brasil, que teve a participação do ilustre professor. Podemos dizer que a sequência foi um aperfeiçoamento quando usamos atualmente a Classificação de Jurandy Ross em nossos livros de Geografia.
Aroldo Azevedo estabeleceu as formas de planície e planalto com o critério altimetria, estabelecendo o limite de 200 metros para diferenciar uma forma de outra. Já Aziz Ab’Saber, usou o critério morfoclimático, que explica as formas de relevo pela ação do clima. Aziz ampliou a classificação de Azevedo, acrescentando novas unidades ao relevo brasileiro.  Para ele, planalto é onde predomina agentes de erosão. Planície seria a superfície com maior deposição de que a erosão. Reunindo as principais características do relevo e do clima mais vegetação e hidrografia chamou de “Domínios Morfológicos Brasileiros”.
Com o solo brasileiro detalhado pelo Projeto Radam e Radambrasil, a classificação do professor Jurandy Ross se fez necessária na proposta de 1989, com muito mais detalhes. Por ela, temos no Brasil, 11 planaltos de quatro tipos; 6 planícies de dois tipos  e 11 depressões de três tipos;  sendo ao todos 28 unidades.
Nós, do Sertão alagoano, estamos na “Depressão sertaneja e do São Francisco”.
Os detalhes de cada uma dessas unidades, não cabem em apenas um crônica.


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segunda-feira, 14 de maio de 2018

TURISMO NA TATUAMUNHA


TURISMO NO TATUAMUNHA
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de maio de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1901
RIO TATUAMUNHA. FOTO: (VIAGEM QUE SONHAMOS).

Quando se fala em turismo o litoral norte de Alagoas se apresenta com Maragogi. Existem muitos outros municípios de praias belas e desertas ainda sem estrutura para tanto. Mas há cerca de nove anos, vem acontecendo um turismo silencioso e sustentável naquela região através do rio Tatuamunha que divide os municípios de São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras. Ali está localizado um dos santuários do peixe-boi marinho com trechos protegidos pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Dez mil pessoas por ano passeiam pelas águas tranquilas do Tatuamunha com turismo controlado. Mais de vinte jangadeiros conduzem os turistas em jangadas, com varas. Somente 10 deles podem entrar no rio de cada vez, durante o dia, em que uma jangada conduz apenas 10 turistas, o que dá 70 turistas/dia.
Mais de 100 famílias vivem desse turismo, direta ou indiretamente. O visitante pode apreciar o Santuário do Peixe-boi, o mangue, o rio, a fauna e a flora do trecho estabelecido. O trajeto ida e volta dura em torno de 3 horas com dois remadores e algumas paradas para observação. É bom lembrar, entretanto, que nem tudo são flores. Existem vários problemas como esgotos das margens, lixo e desmatamento.
Ali perto, tenta-se o turismo também através do rio Manguaba – o mais importantes daquelas bandas – e que nasce no pé da serra do Lino. O rio Manguaba já foi escoadouro da produção de açúcar dos antigos engenhos da região, inclusive de Porto Calvo. Vestígios de velhas batalhas entre espanhóis e holandeses acontecidas naquela área, estão sendo apontadas também como motivadoras dessa nova fonte de renda.
Como vimos, todas as regiões brasileiras estão despertando para a grande indústria sem chaminé. E se Alagoas chega a ser o destino mais procurado do Brasil para o turismo, a periferia dos principais centros também quer pegar nas “verdinhas”, no euro ou mesmo no “peixe” brasileiro.
Do litoral ao sertão o potencial é enorme, muito embora algumas autoridades adormeçam na esperança de que tudo cairá do céu.
Fazer o que, criatura?


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