terça-feira, 8 de dezembro de 2020

 

OS CAMPINHOS

Clerisvaldo B. Chagas, 9 de dezembro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.431

 


             A tensão social é carga pesada, principalmente na periferia de cidades médias e grandes. Não falta o lazer para os ricos e os metidos, com seus teatros, cinemas, bons restaurantes e uma porção de coisas mais que afastam o tédio da “nobreza”. Para pobres e remediados das periferias ou o tráfico ou o futebol. Aquele futebol de bola de meia ou de verdade, em campinhos de várzeas, de monturo, arranca toco, careca e bruto. Pelos menos vai levando a esperança de ganhar a vida com a bola e fazendo esquecer o oco alimentar da moradia. Em nossos sertões a realidade não é diferente, daí a necessidade de se olhar em redor e dá o mínimo de conforto aos lugares carentes também de diversões como os chamados campinhos de futebol.

Em Santana do Ipanema, por exemplo, tínhamos três lugares onde a bola rodava e as garras do mundo eram esquecidas. No trecho urbano do rio Ipanema, quando seco, o poço do Juá, os areais próximos as olarias e a barragem assoreada, sempre foram celeiros de atletas que iam galgando degraus pelo Ipiranga, Ipanema... Conseguiam chegar ao CSA ou CRB, na capital, e até alçar voos mais altos com aterrissagem no Santos ou no Vasco da Gama. Isso aconteceu antigamente com vários atletas de campinho de areia do leito seco do Ipanema e até com jogadores recentes saídos desses campinhos que estão brilhando no Sudeste do país. Sonhos realizados, marginais a menos na sociedade, mais alimentos à mesa e pais vivendo com dignidade.

Não somente Santana, mais município como Olho d’água das Flores, São José da Tapera, Pão de Açúcar e Ouro Branco, entre outros, já tiveram a felicidade de aplaudir e louvar filhos da terra que venceram em clubes grandes do Brasil. Reconhecemos também as fabriquetas de calçados da cidade que produziam sapatos e craques de várzeas. Nunca vimos profissionais gostar tanto de futebol quanto os sapateiros da “Capital do Sertão”. Continuamos defendendo os campinhos construídos pelo poder público que pode transformar a vida nas periferias, espantando indiretamente o psicólogo, o marginal e o divã.

Sua sociedade é a sociedade que você cria.

 ESTÁDIO ARNOS DE MÉLLO, EM SANTANA DO IPANEMA (FOTO: LIVRO 230/B. CHAGAS).

 


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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

 

A IMACULADA

“Clerisvaldo B. Chagas/Reprodução


A Imaculada Conceição ou Nossa Senhora da Conceição é, segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha (em latim, macula) do pecado original. O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia de graça divina. A Igreja Católica também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.

A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi inscrita no calendário litúrgico pelo Papa Sisto IV, em 28 de fevereiro de 1477. Atualmente, a solenidade da Imaculada Conceição de Maria (8 de Dezembro) é festa de guarda em toda a Igreja Católica, exceto em certas dioceses ou países onde, com a prévia aprovação da Santa Sé, a sua celebração foi suprimida ou transferida para um domingo. Festa de guarda significa que todos os fiéis católicos devem obrigatoriamente participar na missa, como se fosse um domingo.[2]

A Imaculada Conceição da Virgem Maria foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus[3] em 8 de dezembro de 1854. A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como "cheia de graça"), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão[4][5]. Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho[6].[7]

(Reprodução.  Disponível em < pt. Wikipédia.org.> Acesso em 7 de dezembro 2020.

 

 


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