quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

 

VOCÊ SABIA?

Clerisvaldo B. Chagas, 25 de janeiro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica:  2.832

 



Você sabia que a maior ilha fluviomarinha lagunar do Brasil está localizada em Alagoas? Se não sabia fique sabendo que a maior ilha fluvial (rio) do Brasil é a do Bananal, no estado do Tocantins, que fica entre dois rios. E a maior ilha fluviomarinha do mundo é a de Marajó no estado do Pará. Em Alagoas, a ilha de Santa Rita é a maior ilha fluviomarinha lagunar do Brasil. Situada na laguna Mundaú, faz parte de um arquipélago e está situada no município de Marechal Deodoro, vizinho a Maceió. A ilha de Santa Rita possui quatro povoados, são eles: Santa Rita, Siriba, Jacaré e Barra Nova. A propósito, a Ilha de Marajó possui 40.1 mil km 2, a ilha do Bananal 19.162 km2 e, a nossa ilha de Santa Rita 12 km2.  Nessas alturas o leitor pode indagar, então, qual seria a maior ilha oceânica do Brasil. Partindo para essa vertente, iremos encontrar a Ilhabela, em São Paulo, vizinha a cidade de São Sebastião, com 346 km2.

Mas, voltando a Alagoas, mesmo fazendo comparações entre extensões de ilhas, a Santa Rita até que é enorme! É um dos lugares mais procurados tanto pelo maceioense quanto pelos turistas, devido principalmente às suas belezas naturais e gastronomia de tradição lagunar e praieira. Olhando com outros olhos, é um verdadeiro livro  de Geografia escrito e ilustrado pelo Grande Arquiteto do Universo. Passar pelo menos um turno na região, é jogar pela janela o lixo do estresse de cada dia. Vale salientar que o local é área de preservação e tem a vantagem para quem quiser visitá-la, da proximidade com a capital do estado e do acesso rápido e fácil que proporcionam conforto ao visitante.

Vale salientar que tanto a ilha quanto as imediações, são repletas de belezas como praias, manguezais e paisagens arrebatadoras. Em alguns lugares da rodovia que liga Maceió a Marechal Deodoro, encontramos toldas de guloseimas dos tempos da vovó: broas, suspiros, cocada, bolos e muitas outras que derretem na boca na primeira mordida. Isso você só vai encontrar no povoado Pé-Leve, entre Arapiraca e Limoeiro. Mas o que é mesmo uma ilha? É uma quantidade de terras cercada de águas por todos os lados. E arquipélago é um conjunto de ilhas. Depois vêm os detalhes das ilhas, cada qual com seu nome específico.

Quer saber mais sobre a ilha de Santa Rita? Pneu na estrada, “véi”.

 


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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

 

NO AMPARO DA SOMBRINHA

Clerisvaldo B. Chagas, 24 de janeiro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.831

 



No tempo de poucos automóveis, o batente diário era mesmo enfrentado a pé. E na época de inverno, muito valioso era o guarda-chuva ou sombrinha, mesmo que os pés rompessem a lama das ruas, a cabeça estava protegida. Esses objetos eram muito valiosos no predomínio das chuvas. Comprados nas lojas, estavam sempre na moda com modelos estruturais e com estampas. Durante o sol muito quente do verão, as mulheres usavam bastante as sombrinhas.  Mas também é de se dizer que a estrutura de ambos, eram frágeis como ainda são as de hoje. Qualquer coisinha quebrava uma aspa. Se o dono ou a dona tivesse habilidade consertava, se não, mandava o objeto para o profissional Alvino, conhecido depois com o apelido de “Sombrinha”.

Alvino morava num pedaço de rua entre a Prof. Enéas e a São Paulo (início da antiga rodagem para Olho d’Água das Flores). Para ele, levei muitas sombrinhas e guarda-chuvas, para conserto. Nosso herói tinha rosto agradável de quem está de bem com avida, caminhava ligeiro, braços abertos e, sendo magro, inclinado um pouco para trás, parecia carregar um bucho invisível projetado adiante. Era simpático no seu atendimento e não demorava a devolver o objeto consertado. Não lembramos de outro profissional consertador de sombrinha, em Santana do Ipanema, somente quando passava alguém de fora, anunciando consertos. O consertador de sombrinhas foi mais um dos profissionais extintos do século XX.

Por que estamos lembrando essa passagem tão singela e tão sem importância para os dias atuais? É que chegou uma pessoa da família em baixo de chuva e precisou de uma sombrinha para descer do carro. Infelizmente o objeto estava com uma aspa quebrada. No momento o passado veio forte porque na vida uma coisa puxa outra.  Assim como pingadeira nas telhas (ainda existe teto de telhas) também lembra o profissional “Seu Tô”, o maior retelhador do século XX com seu chapéu de Polícia Montada do Canadá e que morava bem perto de Alvino. Hoje retelhador é o próprio pedreiro.

Mas voltando ao caso da sombrinha, ninguém de casa tinha habilidade para consertar a aspa, cuja sombrinha parecia um galináceo da asa quebrada, já viu?

Que falta nesses momentos faz o Alvino!

 


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