quinta-feira, 16 de maio de 2024

 

MUSEU THÉO BRANDÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de maio de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.048

 



Situado na Avenida da Paz, o belíssimo casarão, hoje Museu Théo Brandão, em Maceió, nunca deixou de chamar atenção de quem passa por ali.

“O primeiro proprietário, Eduardo Ferreira Santos, construiu o imóvel, a década de 1930 e, em seguida vendeu a Artur Machado, que logo cuidou de reformá-lo.  Sua arquitetura eclética, teve a decoração acrescida por novos elementos por dois esmerados artesãos portugueses. Provavelmente foi dessa época o acréscimo das varandas encimadas por cúpula de inspiração mourisca que deram um nova e sofisticada feição ao prédio. Logo a residência passou a ser conhecida por Palacete dos Machado.

Depois de outras ocupações, o imóvel foi adquirido pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para servir de residência universitária feminina e, em seguida, sede do Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore, reunindo expressivo acervo da cultura popular nordestina.

A mais recente restauração, concluída em 2001, recuperou parte da decoração da fachada, da pintura original da entrada e as grades que contornavam o pátio, perdidas em reformas anteriores, foram recompostas fazendo alusão á tipologia do museu, com desenhos folclóricos concebidos pelo artista plástico Getúlio Mota.

Como a edificação, em suas diversas ocupações, perdera algumas divisórias e características ornamentais no interior, a montagem do circuito privilegiou principalmente as peças em exposição, com uma instalação atraente, rica em cores, fotografias e informações”.

(Fonte: Compilado de Alagoas Memorável, Patrimônio Arquitetônico).

Não se pode negar a beleza exposta de dezenas e dezenas de edifícios de Maceió, de época de cultura e fastígio. Infelizmente o fenômeno atinge todo o território brasileiro, quando as mudanças de épocas, por inúmeros motivos, deixaram os casarões a mercê do tempo. Muitos proprietários faleceram e, os familiares ou não tiveram interesse na manutenção ou não dispuseram mais de condições financeiras. A decadência, o saudosismo e as lamentações, reinam sobre os restos mortais daquela rica arquitetura.

MUSEU THÉO BRANDÃO.

 

 


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quarta-feira, 15 de maio de 2024

 

CASA DAS LETRAS

Clerisvaldo B. Chagas, 16 de maio de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.047

 



A maior homenagem que se poderia prestar à cultura santanense, seria a prefeitura adquirir o prédio de 10 andar mais bonito e elegante da cidade, após a Igreja Matriz de Senhora Santana, incorporá-lo ao seu patrimônio transformando-o definitivamente em Casa das Letras, isto é, em Biblioteca Pública Municipal, definitivamente. A idéia da Casa da Cultura onde se encontra atualmente abriga o Departamento de Cultura e a biblioteca, porém o espaço estreito não é ideal para o funcionamento de uma biblioteca. O “Casarão de Esquina”, no centro comercial de Santana, edificado no tempo de vila, pelo coronel Manoel Rodrigues da Rocha, já foi o “Hotel Central” de Santana e funcionava perfeitamente como o melhor da cidade.

Um salão único enorme, rodeados de janelas, bem arejado e iluminado naturalmente, é um dos melhores mirantes do comércio frontal e lateral do edifício e com visões além do quadro central. Também já funcionou acertadamente como biblioteca, mas sendo imóvel alugado, não abrigou os livros por muito tempo. Sua belíssima arquitetura estaria resguardada pelo poder público e ao mesmo tempo, ofereceria aos leitores ávidos por leituras, um ambiente inigualável, pois, atualmente não existe outro prédio em Santana que possa concorrer com ele para essa função acima. Também estamos falando em espaço unicamente para a biblioteca, sem nenhum outro tipo de atividade no mesmo espaço do 10 andar, pois assim o sufocaria assim com a Casa da Cultura parece sufocada.

O primeiro andar sobre a antiga loja de tecidos Casa Esperança, de Benedito V. Nepomuceno, já funcionou como biblioteca pública no seu auge, está desocupado hoje, porém, para as exigências modernas de bibliotecas públicas e museus,  o espaço é reduzido que não mais comporta o empreendimento neste Século XXI. Portanto, só existem duas opções para o espaço de uma biblioteca à altura: construir prédio novo com o que a modernidade exige ou incorporar o “Casarão de Esquina” ao patrimônio municipal. Uma belíssima placa luminosa no alto, já daria um charme especial ao antigo edifício do saudoso coronel Manoel Rodrigues da Rocha.

Entretanto, “qualquer roupa veste um nu...” E não me responda com a estrofe de Chico Nunes, por favor.

CASARÃO DE ESQUINA (FOTO LIVRO 230, B. CHAGAS).

 


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