quinta-feira, 6 de agosto de 2020






SANTO FORTE

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de agosto de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.362

 Para a capital o asfalto nas ruas é rotina, mas no interior, cada rua, cada avenida, cada estrada, é uma tremenda vitória de incalculável benefício. Chegou finalmente o asfalto, através do Pró-Estrada ao sofrido bairro São Vicente, entrada de Santana do Ipanema para quem vem da capital. Formado em terreno acidentado, tem como rua principal, uma via estreita e cheias de quebra-molas, de trânsito nada agradável. Tanto é que, recentemente foi instalado naquela região, um hotel de alto luxo que depois teve que abrir estrada nova para o acesso, deixando de lado as condições da rua estreita e incômoda do Bairro São Vicente. Primeiro formado por pessoas humildes, o bairro recebeu residências avançadas da classe média, em ruas paralela e também acidentadas.

Ali são referências o Abrigo de Idosos São Vicente, o Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, ambos na entrada da rua principal e antiga. Mais à frente, porém, o hotel moderníssimo, puxou muito mais residências para aquela área e, conjuntos habitacionais surgiram em todo seu entorno fortalecendo o desenvolvimento daquela região, conhecida como saída para o povoado São Félix. Assim esse bairro, além de ganhar novas estradas e entradas, ligou-se nessa expansão ao bairro vizinho Lagoa do Junco dos antigos quebradores de pedras. Todo o complexo da Justiça está localizado entre os dois bairros; uma igreja nova e calçamento na parte baixa dos casarios.

A lembrança, portanto, de asfaltar o São Vicente, torna a região muito mais valorizada e atraente para se morar e se investir. Aliás, sem puxa-saquismo (não precisamos disso) a gestão municipal continua a dinâmica deixada pelo prefeito Isnaldo Bulhões, como a melhor administração das últimas eras em Santana do Ipanema. Santana hoje é uma cidade moderna, bonita como uma pequena capital. Continuando assim, seremos comparados a uma Garanhuns na beleza artificial e no progresso mais rápido que veio para ficar.

Cada novo passeio pela cidade, mais orgulho da administração e dos ornamentos adquiridos.

Por que ignorar o óbvio? Parabéns São Vicente, você é um SANTO FORTE.

 

 

 



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AINDA CLODOLFO, NA VISÃO FLORO E DARCI

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de agosto de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.361

 




HOSPITAL DR. CLODOLFO RODRIGUES DE MELO (FOTO: LIVRO 230/B. CHAGAS.

“Formado em medicina pela Bahia, veio clinicar em sua terra, nossa terra de Santana do Ipanema. Jovem e inteligente, deu muito de si aos sertanejos que precisavam dos seus serviços profissionais. Na época fora o primeiro médico santanense a prestar serviço a seu povo. Para atender aos chamados dos fazendeiros, dos habitantes distantes da cidade, comprou um jipe, cujos pneus já estavam carecas de tanto rodarem para socorrer necessitados. Era parteiro também, e ninguém ficava sem assistência desse jovem atencioso e competente. O pior era que não havia caminho próprio para automóvel, mas o jipe não respeitava toco nem lama. Sua freguesia era enorme, não só na cidade como nas circunvizinhanças. Os casos que lhe apareciam eram sem conta: facadas, tiros, corte de machado, maleita, hepatite, partos, problemas hepáticos, circulatórios e outros.

Chegou a lecionar no ‘Curso de Parteiras Leigas’, promovido pela ANCAR/AL nesta cidade de Santana do  Ipanema, beneficiando desse modo a zona rural. As cursistas eram parteiras residentes nos povoados das cidades circunvizinhas à nossa a terra, as quais faziam partos e ficavam apavoradas quando se lhe deparavam problemas da especialidade médica que, pela demora e pela ignorância do perigo iminente, provocavam a morte da parturiente, geralmente ao chegar ao consultório médico.

Esse médico incansável tudo dera de si em prol de seu povo, quando podia, como fizeram tantos outros. Viver nos grandes centros, onde tudo é mais fácil, mais bonito e menos árduo!... Com merecido louvor chegara a dirigir, como Diretor, o Hospital Regional Dr. Arsênio Moreira da Silva, sediado nesta cidade de Santana do Ipanema”.

MELO, Floro de Araújo & MELO, Darci de Araújo. Santana do Ipanema conta sua história. Borsoi, Rio de Janeiro, págs. 61-62.

 

 



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