segunda-feira, 24 de agosto de 2009

AS MENINAS DO BRASIL

AS MENINAS DO BRASIL

(Clerisvaldo B. Chagas. 24/25.8. 2009)

Valeu à pena varar as madrugadas para contemplar os jogos do Grand Prix. As jogadoras brasileiras adicionaram alegria e uma vaidade digna do nosso País. Cada partida um show particular e impressionante. As equipes estrangeiras faziam fila com os sacos das derrotas à mão diante das nossas cores. O azul apagado do terno transforma-se em chama devoradora na pancada. O técnico da seleção, José Roberto Guimarães, também dava espetáculos à parte com duas coisas fundamentais: frieza e competência. Após a consolidação do futebol, o Brasil agora passa a ser chamado também de “Terra do Vôlei”. Agora tanto vamos ao vôlei quanto ao futebol. Apenas o basquete continua capenga. Mesmo assim também poderemos ser potência no futebol feminino, graças ao incentivo geral da jogadora Marta. Já podemos observar diversos times femininos pelo Brasil afora com a certeza de que em breve esses clubes estarão cobrindo todo o País. Além de proporcionar a beleza e a quebra do machismo, o futebol feminino — como disse o presidente Lula — poderá gerar milhares de emprego. Além do campeonato do Grand Prix, pela oitava vez, a seleção ainda ficou com dois títulos mundiais: o de Sheilla como a melhor do mundo e o da Fabiana como a melhor bloqueadora. Importantíssima a posição invicta para ser respeitado o País pelo mundo inteiro. Afinal, uma sequência de 14 jogos com 14 vitória é, sem dúvida, um feito extraordinário. Dava gosto apreciar a queda dos grandes nomes: Estados Unidos, Alemanha, Polônia, China, Holanda, Rússia e outros como o próprio Japão. Expectativa antes, emoção depois com o predomínio do verde e amarelo. E para completar o domingo do Brasil continente, chega de quebra a vitória de Rubinho, carismático e sofredor, que dessa vez montou na vassoura da bruxa. Ainda bem que o esporte veio amenizar um pouco a onda negativa das bandas de Brasília. A garra da mulher brasileira está em alta nos quatro cantos da Terra.

Temos certeza, porém, que ninguém gostou do que a Rede Globo fez no último jogo do Grand Prix. Após viciar os telespectadores nas altas madrugadas — em espetáculos que valeram sim — nos deixou na mão, justamente na partida final e contra os donos da casa. Nenhuma outra emissora teve o direito ou o interesse de transmitir o jogo. Mesmo com seus outros compromissos, se isso não foi uma covardia, foi, no mínimo, uma falha deselegante. Então, o garoto ganha um sorvete e já no final, na parte mais gostosa, tem o sorvete arrebatado. Mesmo assim não vamos condenar no todo a poderosa. Vamos nos orgulhar das vitórias em série da Seleção Feminina de Vôlei. Abrem-se novas páginas no esporte desta nação, tentando compensar o tempo perdido do descaso. Foi realmente um domingo para ninguém botar defeito com o equilíbrio, a competência e a raça das MENINAS DO BRASIL.


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