COMO NASCEU UM VASCAÍNO
(Clerisvaldo B. Chagas. 19.11.2009)
Houve um período no futebol do Brasil em que o Rio de Janeiro e São Paulo eram os poderosos da arte. Os times mais conhecidos do rio: Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense. Depois vinham, não pela ordem, o Bangu, o América, o Olaria e outros. Em São Paulo já não lembro tanto. Quanto aos jogadores mais falados, destacavam-se Ademir e Zizinho. Com a paixão do brasileiro por esse tipo de esporte, o futebol evoluiu em outras partes que conquistaram o espaço antes ocupado pelos times do Sudeste. Assim surgiu com força o futebol do Rio Grande do Sul, depois o de Minas Gerais e em seguida da Bahia. Depois regiões e municípios foram aparecendo mais no cenário nacional, tanto que em todos os lugares tem seus times reconhecidos e disputando em igualdade de condições.
Em Santana do Ipanema da década de 50, quem vendia revistas na cidade era dona Maria, esposa de seu “Quinca”, alfaiate, à Rua Nilo Peçanha ou Rua da Cadeia Velha. As novidades chegavam através de um ônibus também chamado “sopa”, cujos pontos eram em Santana defronte a igrejinha de Nossa Senhora Assunção, Bairro Monumento; em Maceió, defronte o “Hotel Lopes”, perto da antiga Faculdade de Direito. Nessa época eram esperadas com ansiedade as revistas “O Cruzeiro”, “Sétimo Céu”, “Capricho”, “Contigo”, “Idílio” e vários gibis. Entre eles “O Zorro”, “O Fantasma”, “Tarzan”, “Roy Rogers”, “Popeye”, “Bolinha”... Era bom sentir aquele cheiro de revistas novas que impregnava gostosamente a sala de dona Maria. Mas no meio daquilo tudo foi lançado um álbum de figurinhas dos times mais conhecidos do Brasil. Comprávamos o álbum e adquiríamos as figurinhas comprando balas enroladas por elas. Essas figurinhas tinham muita qualidade; de modo que chegava a vontade de torcer por todos os times por causa do colorido vivo das camisas e dos nomes. Bonito eu achava as denominações Bangu, Olaria e Piracicaba. Entretanto, a fama de Ademir do Vasco da Gama era grande e considerado o melhor jogador do Brasil. Tanto que era a figurinha mais rara, juntamente com a de Zizinho. Quando me vi diante do terno do Vasco, apaixonei-me pela camisa, pela cruz de malta dando aquele toque vermelho. Como Ademir era o melhor e pertencia ao Vasco, passei a torcer pelo time da colina até o presente momento.
Não costumo acompanhar jogos. Tenho notícias de vitórias e derrotas do Vasco da Gama, mas para mim tanto faz ganhar ou perder. Nada de fanatismo, discussões ou brigas. Apenas torço pelo Vasco, graças ao álbum de figurinhas da Rua Nilo Peçanha. Entretanto quando o time português vem jogar no meu estado, ganha um torcedor contra. Da mesma maneira torço pelo CSA por causa da cor azul, mas vindo jogar em Santana, a vibração é pelo Ipanema, time da minha terra. Sobre outros torcedores não sei, mas foi dessa maneira COMO NASCEU UM VASCAÍNO.
(Clerisvaldo B. Chagas. 19.11.2009)
Houve um período no futebol do Brasil em que o Rio de Janeiro e São Paulo eram os poderosos da arte. Os times mais conhecidos do rio: Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense. Depois vinham, não pela ordem, o Bangu, o América, o Olaria e outros. Em São Paulo já não lembro tanto. Quanto aos jogadores mais falados, destacavam-se Ademir e Zizinho. Com a paixão do brasileiro por esse tipo de esporte, o futebol evoluiu em outras partes que conquistaram o espaço antes ocupado pelos times do Sudeste. Assim surgiu com força o futebol do Rio Grande do Sul, depois o de Minas Gerais e em seguida da Bahia. Depois regiões e municípios foram aparecendo mais no cenário nacional, tanto que em todos os lugares tem seus times reconhecidos e disputando em igualdade de condições.
Em Santana do Ipanema da década de 50, quem vendia revistas na cidade era dona Maria, esposa de seu “Quinca”, alfaiate, à Rua Nilo Peçanha ou Rua da Cadeia Velha. As novidades chegavam através de um ônibus também chamado “sopa”, cujos pontos eram em Santana defronte a igrejinha de Nossa Senhora Assunção, Bairro Monumento; em Maceió, defronte o “Hotel Lopes”, perto da antiga Faculdade de Direito. Nessa época eram esperadas com ansiedade as revistas “O Cruzeiro”, “Sétimo Céu”, “Capricho”, “Contigo”, “Idílio” e vários gibis. Entre eles “O Zorro”, “O Fantasma”, “Tarzan”, “Roy Rogers”, “Popeye”, “Bolinha”... Era bom sentir aquele cheiro de revistas novas que impregnava gostosamente a sala de dona Maria. Mas no meio daquilo tudo foi lançado um álbum de figurinhas dos times mais conhecidos do Brasil. Comprávamos o álbum e adquiríamos as figurinhas comprando balas enroladas por elas. Essas figurinhas tinham muita qualidade; de modo que chegava a vontade de torcer por todos os times por causa do colorido vivo das camisas e dos nomes. Bonito eu achava as denominações Bangu, Olaria e Piracicaba. Entretanto, a fama de Ademir do Vasco da Gama era grande e considerado o melhor jogador do Brasil. Tanto que era a figurinha mais rara, juntamente com a de Zizinho. Quando me vi diante do terno do Vasco, apaixonei-me pela camisa, pela cruz de malta dando aquele toque vermelho. Como Ademir era o melhor e pertencia ao Vasco, passei a torcer pelo time da colina até o presente momento.
Não costumo acompanhar jogos. Tenho notícias de vitórias e derrotas do Vasco da Gama, mas para mim tanto faz ganhar ou perder. Nada de fanatismo, discussões ou brigas. Apenas torço pelo Vasco, graças ao álbum de figurinhas da Rua Nilo Peçanha. Entretanto quando o time português vem jogar no meu estado, ganha um torcedor contra. Da mesma maneira torço pelo CSA por causa da cor azul, mas vindo jogar em Santana, a vibração é pelo Ipanema, time da minha terra. Sobre outros torcedores não sei, mas foi dessa maneira COMO NASCEU UM VASCAÍNO.
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