(Clerisvaldo B. Chagas. 20.11.2009)
Para: Elba Ramalho – Zé Ramalho – Alceu Valença – Fala Mansa
Galope beira-mar ─ Galope por fora do mar
Navios de guerra apontam na ilha
São encouraçados entrando em ação
No céu a gaivota parece avião
Que frota terrível ô que maravilha
Roncam os motores mortal esquadrilha
O submarino parece apontar
O ataque se forma em baixo e no ar
As ondas de rádio ditando as ações
Berra o comandante disparam os canhões
Nos dez de galope na beira do mar
O bravo vaqueiro engole uma pinga
Depois da cuspida se veste de couro
Dispara o cavalo no coice do touro
O boi furioso tem fogo na binga
Quebrando madeira no rol da caatinga
Cascos de ferro chifres de matar
Vaqueiro estremece cavalo a voar
O boi rodopia o vaqueiro é agreste
Vitória do homem coragem da peste
Nos dez de galope por fora do mar
O céu se transforma regouga o trovão
As águas se abrem o mal tempo atormenta
Nuvens de chumbo chegou a tormenta
Nos vales profundos acorda o vulcão
Corcoveia a procela montado o tufão
Violências de raios vem no ribombar
Rasgando a turquesa o azul milenar
Desmancha a couraça num grande mergulho
São forças divinas fazendo barulho
Nos dez de galope da beira do mar
O jegue ou jumento também tem a ginga
Em lote selvagem corre nas juremas
Por dentro do mato de feras e emas
Mordendo as parceiras é rei na caatinga
Levando no peito toda sacatinga
O casco dá corte de tanto amolar
Até onça pintada não quer lhe enfrentar
Orneja na areia de seixo e calhau
Comendo quixaba com casca de pau
Nos dez de galope por fora do mar
FIM
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