quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

ORMUZ, ISCA DE FOGO

ORMUZ, ISCA DE FOGO
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de janeiro de 2012

          Da antiguidade, como antigos são os seus problemas, as passagens que permeiam o Golfo Pérsico, sempre preocuparam o homem. A velha mania humana de se apoderar e não de compartilhar, é válida também para essa faixa de terras que esconde petróleo e aguça a ambição estratégica do pensamento dominador. Entre tantas outras coisas, o Estreito de Ormuz, representa a única passagem da grande produção de petróleo para o mar aberto. Não é preciso dizer da importância do “ouro negro”, mesmo em 2012, quando as buscas por outras fontes energéticas não cessam no mundo inteiro. O petróleo ainda domina a Terra e, pelo jeito, enquanto não secar todas as fontes continuará como tal. Mas não é só o petróleo que tem importância na região de Ormuz. Por ali entra e sai de tudo, entre a Arábia Saudita e o Irã. Rota de mercadorias do mundo que sempre aguçou o sentimento militarista dos que pensam pela força.
           Um dos problemas é que o polêmico Irã é um dos vigilantes da rota. Sempre que existe qualquer desentendimento com esse país, ele ameaça fechar o estreito, capturar navios, até mesmo atacar embarcações, gerando prejuízos sem conta para outros países e iniciando conflito na área que poderá alastrar-se tomando proporções imprevisíveis. Seu desentendimento com os Estados Unidos, engorda a ideia de fechamento do Estreito de Ormuz. As bravatas do Irã parecem às mesmas do Iraque antes da guerra. E por mais preparados que se achem seus dirigentes, um confronto direto com os Estados Unidos e seus aliados, traria somente o caos ao Irã. São as bravatas do antigo Japão, da atual Coreia do Norte, e de mais meia dúzia de idiotas que não têm a noção menor dos que estão fora da caverna ou do buraco. Com crise ou sem crise, os grandes do planeta aproveitariam a ocasião para arrasar de uma vez a ameaça constante e inconsequente do besta sem juízo.  
      Enquanto o aloprado vai irritando o mundo com sua conversa mastigada, aproxima-se o dia da explosão da paciência. Muitas profecias já foram lançadas contra o Irã. Nunca se ouviu tantas tolices da boca de um doido que ao invés de marchar sozinho para o asilo, procura levar o seu povo ao extremo de possíveis ações malucas. O tempo vai desenhando uma situação que poderá ter como consequência uma ampla hecatombe regional ou mundial.
         Nem o dono do anzol conseguirá escapar de ORMUZ, ISCA DE FOGO.

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