A
RESSACA DA FESTA
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de julho de 2018
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
1942
(FOTO: LUCAS MALTA/ALAGOAS na NET). |
Chegamos ao fim da 560
Festa da Juventude, sob a trégua
das chuvas do mês de julho. Você deve
ter lido a nossa crônica o “Cachimbo da Serra”, quando flagramos a serra do
Poço cachimbando no cimo. Olhe aí a sabedoria popular: próximos dias secos; e
foi o que aconteceu. Mas se faltaram as chuvas, não faltou a “caída de gelo”
nas noites sertanejas. Frio intenso com elevada umidade na sede e na zona
rural, de torar os ossos. Mesmo, assim a tradicional festa foi um sucesso
tremendo como sempre acontece nesta época. Com tantos santanenses visitando a
terrinha e turistas de vários estados (inclusive, do Sudeste) não poderia
deixar de haver transtornos. Mas, em relação à magnitude das brincadeiras, isso
foi chamado de café pequeno.
É verdade que algumas
brincadeiras não atraem quase ninguém, ficando como uma espécie de enchimento
de linguiça. O grosso da movimentação se aglomera no centro da cidade,
principalmente às Praças Cel. Manoel Rodrigues da Rocha e a entrada leste da
urbe. Mas as sensações de todos os dias estão na periferia próxima, quando os
vários barzinhos e restaurantes são os pontos sensacionais dos encontros.
Entretanto, o auge da Festa da Juventude são os shows noturnos com artistas famosos, da região e de outras plagas.
Aí acontecem os mesmos fenômenos mostrados em qualquer parte do país. Quem não
gosta de música? E assim a descontração prossegue até a madrugada com imensa
multidão enfrentando a frieza, a umidade e a algumas goladas de “água que pinto
não bebe”.
Ontem, último dia de
festa, o trânsito estava maluco mesmo por todos os lugares. A Rua Delmiro
Gouveia, conhecida com a Rua dos Bares e Restaurantes ficou muito mais estreita
do que já é. E na Praça Frei Damião, Santa Quitéria, Ponte General Batista
Tubino, apreciamos muitos “meninos queimados”, passos tombando, cabeça baixa e
baba na boca. Depois de tantos bons divertimentos na badalada Festa da
Juventude, a fama da Rainha do Sertão deverá ganhar o mundo mais uma vez. E uma
imensa maioria com dor de cabeça da ressaca de três dias, não viajará hoje,
“ainda de tanque cheio”, marcha lenta e força no travão.
Quanto a nós, ficamos
no olho da goiabeira, observando tudo.
Parabéns Santana.
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