TV E JORNAL ENTREVISTAM ESCRITORES SANTANENSES
Clerisvaldo
B. Chagas, 20 de julho de 2018
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
A população de Santana
do Ipanema foi ontem representada pelos escritores Clerisvaldo B. Chagas e
Marcelo Fausto em sua historiografia cangaceira. Já no cair da tarde – tendo como
palco o Restaurante e Pousada Aquarelas – uma enxurrada de perguntas, por mais
de duas horas, crivou a mente dos sertanejos na Távola Retangular daquele
estabelecimento. A catapulta veio com satisfação dos jornalistas da Tribuna
Independente e TV Cultura Wellington Santos, Adailson Calheiros e João Marcos
Carvalho. Os cenários dos anos 20 e 30 foram rastreados na desenvoltura dos
jornalistas no cerco aos bandos cangaceiros. Santana do Ipanema surgiu inúmeras
vezes como núcleo de forças volantes e sede de batalhão formado para combater o
cangaceirismo em Alagoas.
Santana do Ipanema
começa a sua notoriedade na luta contra bandidos, a partir da implantação do 20
Batalhão de Polícia com sede na cidade. Ocupando a Cadeia Velha e depois
o prédio ocioso construído para ser hospital, os soldados tinham como
comandante o, então, major José Lucena de Albuquerque Maranhão. Era daquele
edifício que saíam as ordens para todas as volantes espalhadas em território
alagoano. Dali também saíram as últimas ordens para o aperto final da polícia
contra Lampião e seus asseclas. E para quem não sabe, partiu de Santana do Ipanema
para o Brasil e para o mundo a primeira notícia da morte de Lampião, Maria
Bonita e mais onze congaceiros. A igrejinha/monumento a Nossa Senhora Assunção,
recebeu em seus degraus a exposição das onze cabeças dos sequazes trucidados na
fazenda Angicos, em Sergipe, por três volantes alagoanas.
Este é apenas um
resumo da entrevista à Tribuna Independente e a TV Cultura, diante das argutas
indagações dos escolados jornalistas. A história do cangaço na compartimentação
Santana do Ipanema é totalmente ignorada pela sua população de hoje, mas, rica
em detalhes em nosso livro: Lampião em
Alagoas, atualmente, única
testemunha daquele tempo tenebroso.
Mas como essa geração
pode saber de nada se a história do município não está nos currículos
escolares. Enquanto isso o livro “O boi,
a bota e a batina, história completa de Santana do Ipanema, continua na
gaveta”.
Onde estão os mecenas
e as autoridades?
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