LEMBRANÇAS
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de julho de 2018
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Ah, velho Ginásio
Santana que tantos bons serviços prestou aos santanenses. Vendo aqui algumas referências
sobre professores, vêm passando pela cabeça velhos mestres. O professor Conrado
(História) falava muito em Rocha Pombo (grande historiador brasileiro); Ernande
Brandão (Matemática, Geografia, História) não esquecia a frase: “E assim
sucessivamente”; Maria Eunice (Francês) mandava a gente fazer um biquinho na
pronúncia; Dona Déa (Desenho), a mulher dos triângulos: equilátero, isóscele e
escaleno, dizia diante do nosso “não entendi”: “Estou com tanta pena do senhor...”;
Alberto Agra (Geografia): “Ninguém pode servir a dois senhores”; Antônio Dias
(Porrtuguês): “Errar duas vezes é diabólico”; José Pinto Araújo (Geografia)
sempre falando da “ponta Seixas, no Cabo Branco, na Paraíba”; Genival Copinho
(Matemática) deixou-nos o tal Crivo de Erastóstenes; e o padre Cirilo (Latim), rindo
animadamente conosco porque só entendíamos do seu Latim, a palavra: puella,
puella, puella... Aliás, do Latim, dizíamos nós, morrendo de rir: - Latinhorum
é difiçorum, quem num filorum num passorum.
O velho casarão
sofreu um mostruário intenso de pinturas, desde a sua fundação para ser
hospital. Todos os dirigentes, entretanto, sempre tiveram preocupação com sua
arquitetura original, como prédio ocioso, quartel de batalhão e escola. É um
dos edifícios mais bonitos e elegantes de Santana do Ipanema e que guarda no
seu bojo, inúmeras histórias de cangaceiros, volantes e escolares que jamais o
tempo destruirá. Situado no Bairro Monumento, faz parte do quarteto patrimonial
histórico da cidade, em uma curta área onde estão: Tênis Club Santanense,
Escola Estadual Padre Francisco Correia e Igrejinha/monumento a Nossa Senhora
da Assunção.
O mais velho do
quarteto arquitetônico é a igrejinha/monumento, construída pelo, então, padre
Capitulino, no ano de 1899, como marco de passagem do século XIX para o século
XX. O padre Manuel Capitulino de Carvalho, também foi político e intendente de
Santana do Ipanema – ainda no tempo de vila – chegando a ser governador
interino. Era natural da cidade ribeirinha de Piaçabuçu e foi ele quem promoveu
Santana/vila a Santana/cidade no breve espaço de tempo em que substituiu o
governador Fernandes Lima.
Ô, VIDA “MARVADA!”.
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