domingo, 19 de agosto de 2018

SANTANA - ÁGUAS BELAS


SANTANA – ÁGUAS BELAS
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.967
ÁGUAS BELAS. (FOTO: DIVULGAÇÃO).

Em 1938 o progresso andava de gatinhas.  No dia 28 de julho, Santana do Ipanema recebia o senhor Pedro Gaia, proveniente de Palmeira dos Índios, como novo interventor. Havia muito pouca gente na festa, segundo o saudoso escritor, Oscar Silva. Mas, por coincidência, foi naquele mesmo dia que chegou de Piranhas um telegrama dando conta da morte de Lampião, Maria Bonita e mais nove sequazes. A festa que estava morna reanimou-se e passou a ser o maior evento nacional. De repente chegou a Imprensa de quase todo o país com seus repórteres e fotógrafos e mais multidão vinda da própria Alagoas e de estados limítrofes.  E assim começava a administração do senhor Pedro Gaia com o pé direito e prenúncio de bom governo.
Mesmo com as dificuldades da época, o interventor fez a primeira reforma da prefeitura e abriu a estrada para Águas Belas, cidade vizinha do lado pernambucano. Saiu rasgando caminho pela região serrana de Santana até a terra dos índios Fulni-ô ou Carnijós, primeiros habitantes da região. Pedro Gaia reconheceu a importância do intercâmbio entre as duas cidades amigas e bicentenárias. As visitas mútuas entre seus habitantes passaram a ser mais frequentes e refletiam nas feiras semanais de ambas. Quando o time do Ipanema foi criado na década de 50, sempre jogava em Águas Belas, aumentando a amizade entre as duas, a ponto de o torcedor santanense ter todas as despesas pagas pela população daquele lugar.
E se os tempos de Pedro Gaia eram difíceis, não podemos dizer a mesma coisa neste século XXI. Precisamos repensar a nossa política ultrapassada e beneficiar as regiões dos nossos povoados com o asfalto benfeitor. Pedra d’Água dos Alexandre, São Félix e São Raimundo precisam urgente desse benefício. No caso São Félix, o asfalto seria prorrogado até a nossa coirmã Águas Belas que fica apenas a um pulo de Santana do Ipanema. Essas regiões hoje esquecidas abraçariam de vez o progresso e passariam a contribuir muitas vezes mais com os impostos para o município, trazendo melhor qualidade de vida aos seus cidadãos.
Por que Pedro Gaia pode e o século XXI não pode?
Gestores... Pensem na proposta.

 


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