ARROGÂNCIA NO CHÃO
Clerisvaldo
B. Chagas, 9 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Se você não se lembra
mais das aulas do Colégio, vamos relembrar uma saga impressionante que fica
como lição à vaidade, à arrogância, ao
imperialismo que muita gente besta carrega dentro das calças. A impressão que é
única no mundo e que derrota não existe. Acreditam até esses indivíduos, que
são invencíveis e imortais. Você conhece algum dono do mundo na sua vizinhança?
Pois o tal Napoleão Bonaparte, talvez pensasse desta maneira. Não estamos aqui
falando da piada sobre a posição que Napoleão perdeu a guerra... Enfim, vejamos
se dá para aprender alguma coisa com Napu.
(...)
Napoleão respondeu a essa desobediência invadindo a Rússia em 1812, com um
poderoso exército formado por 600 mil homens e 180 mil cavalos.
Inicialmente, os generais franceses foram avançando pela
imensidão do território russo no encalço de seus adversários, julgando que os
venceriam com facilidade. Os russos, por seu lado evitaram o confronto direto e
adotaram a tática da “terra arrasada”: conforme iam se retirando, destruíam as
lavouras e tudo aquilo que pudesse ser útil aos invasores. Ao entrarem em
Moscou, Napoleão e seus homens tiveram uma surpresa, as casas estavam vazias e
a cidade queimava numa imensa fogueira feita pelos próprios russos.
O czar russo,
Alexandre I sabia que era uma questão de tempo. Dali a um mês chegaria o
inverno, o rigoroso inverno russo, que forçaria os franceses a bater em
retirada. E foi o que de fato aconteceu. Os franceses iniciaram o longo caminho
de volta. Sob uma temperatura de muitos graus abaixo de zero, os soldados
morriam de fome e de frio; os cavalos escorregavam no gelo, quebravam as patas
e eram sacrificados. Às vezes, serviam como alimento; as rodas das carroças
atolavam na neve, retardando a retirada. Os tesouros que os franceses haviam
saqueado também iam ficando pelo caminho. Era o “general inverno” vencendo o
general francês. Dos 600 mil soldados que partiram para a Rússia, somente 30
mil retornaram aos seus lares na França. O mito da invencibilidade napoleônica
havia sido quebrado.
Extraído de: JÚNIOR,
Alfredo Boulos. História, sociedade e
& cidadania. FTD, São Paulo, 2015, 3a edição, pag.142.
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