PADRE
FRANCISCO CORREIA
Clerisvaldo
B. Chagas, 1 de junho de 2021
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.544
Após a construção da capela à Senhora Santana, em 1787, em terras do fazendeiro Martinho Rodrigues Gaia e com auxílio deste, o padre Francisco José Correia de Albuquerque, Contava na ocasião com 30 anos de idade. Filho de Penedo, do Bairro Seboeiro, o padre era um visitador das extensas mangas de Alagoas e Pernambuco ao qual nosso território pertencia.
O chamado santo Padre
Francisco, passou 8 anos centralizado em Santana do Ipanema. Ausentou-se com 38
anos, portanto, para atender em outros lugares.
Tempos depois, o padre
Francisco retornou à Santana do Ipanema, lugar da sua predileção, contando com
55 anos.
Aqui em Sant’Anna da
Ribeira do Panema, permaneceu por mais 30 anos.
Quando novamente
ausentou-se de Santana contava com 85 anos. Despediu-se dos arredores conduzido
em rede.
O padre Francisco José
Correia de Albuquerque, faleceu em 1848, com 91 anos de idade, no sítio
Casinha, em Bezerros, Pernambuco.
Muitos anos depois,
aberto o seu túmulo, o corpo estava intacto e exalava cheiro de rosas por todos
os arredores.
O padre fazia sermões
arrebatadores, era visionário e vários milagres foram atribuídos a ele. Foi da
sua parte a providência como Conselheiro, de transformar o arraial de Sant”Anna
da Ribeira do Panema à condição de Povoado Freguesia com os extensos limites
das suas terras. Foi ainda o primeiro pároco de Santana e mudou a feira que era
realizada aos domingos para os sábados até o presente momento.
O padre já fora visto
pairando sobre as águas. Em um sermão no lugar hoje Poço das Trincheiras Interrompeu
o tema para anunciar a Revolução Pernambucana que se iniciara, em 1817. Certa
feita, na região do São Francisco, vindo montado por uma estrada perigosa, foi
abordado por assaltantes em um lugar de muitas pedras. Um deles apontou-lhe uma
arma e disse que só acreditaria no que ele pregava se aquelas pedras falassem.
As pedras falaram e os meliantes correram como nunca.
Muito ainda se poderia
dizer sobre o Santo Padre Francisco, escrito pelo seu Biógrafo, padre Theotônio
Ribeiro.
GRUPO ESCOLAR PADRE
FRANCISCO CORREIA, HOMENAGEM (FOTO: B. CHAGAS).
Caro escritor, um fato hilário sobre o padre visionário, eu conheço dos dias atuais. Contou-nos nosso amigo professor Marcelo Fausto: a escola que leva o nome do padre, recebeu em visita de cordialidade uma turma de alunos da Escola profa Helena Chagas, e a então diretora que omitiremos propositadamente o nome, mostrava as dependências do educandário, ao chegar na diretoria, mostrou na parede uma foto do padre Francisco Correia. O professor visitante, chamou-a a parte e disse professora aquela foto na parede é do padre José de Anchieta. Creio que daí por diante a professora não mais apresentou a imagem como sendo do padre Francisco Correia. ass: Fabio Campos.
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