PEREGRINANDO COM ELA
Clerisvaldo
B. Chagas, 27 de maio de 2021
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.542
Saindo de uma visita
literária ao Departamento de Cultura de Santana do Ipanema, a convite do
diretor Robson França, uma leitora nos pede que falemos das migrações da
Biblioteca Municipal. Após a visita altamente proveitosa, prometemos a amiga
leitora fazer um trabalho a respeito do seu pedido.
Após a criação da
Biblioteca, esta iniciou seus trabalhos no prédio da Prefeitura, ocasião em que
a intelectual Nilza Marques fora fazer um curso no Rio de Janeiro para
dirigi-la. Após mudar-se da Prefeitura, a biblioteca passou a funcionar no
primeiro andar do Casarão do deus mercúrio, no primeiro andar da Loja Esperança
do Senhor Benedito V. Nepomuceno. Casarão este construído pelo Coronel Manoel
Rodrigues da Rocha.
Anos ou décadas depois migrou para o primeiro
andar da Cooperativa Agrícola de Santana do Ipanema – CARSIL. Após a CARSIL, a
Biblioteca Pública funcionou no primeiro andar do “casarão de esquina”, vizinho
à Matriz de Senhora Santana, também construído pelo Coronel Manoel Rodrigues da
Rocha e onde fora o “Hotel Central” de Maria Sabão.
Daí do primeiro andar,
a biblioteca desceu os degraus de madeira e foi parar no outro lado da rua e
praça. Ficou abrigada no casarão em que fora o Banco do Brasil, Banco da
Produção e Coletoria Estadual. Casarão este, construído pelo comerciante Tertuliano
Nepomuceno.
Sua última migração foi
para a Casa da Cultura, defronte o Colégio Divino Mestre, à Rua Coronel Lucena
e bem pertinho da Prefeitura. É nesse local onde hoje funciona e parece ter
encerrado a sua peregrinação.
Pode até ser que haja
um erro acima, na sequência, porém, o importante mesmo é funcionar e levar
conhecimento à toda a população, notadamente aos estudantes de todos os níveis.
Importante também seria
a distribuição de bibliotecas em todos os bairros de Santana, mesmo tendo uma
estrutura mais simples, à disposição tanto de alunos quanto de cada uma dessas
comunidades. Abrir bibliotecas é fechar pontos de ociosidade. Louvemos, então,
a Biblioteca Adercina Limeira, no Bairro São Pedro, ao lado da igreja. Reza e
Cultura, Cultura e reza nunca fizeram mal a ninguém.
Que venha a casa de
livros para o Bairro São José, tremendamente precisado. O terreno ao lado do
Posto de Saúde à espera.
BIBLIOTECA DO BAIRRO
SÃO PEDRO. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230)
PEREGRINANDO COM ELA. Caro escritor Clerisvaldo, realmente os pontos principais por onde migrou nômade nossa "casa dos livros" santanense, está posto em sua louvável e histórica crônica. Teria eu humildemente uma ressalva a acrescentar. Enquanto o município decidia pra que prédio abrigar os sábios amigos de papel, teve guarida por um tempo,no primeiro andar da Farmácia Vera Cruz, do saudoso professor Alberto Agra.
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