A FEIRA
É DO POVO
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de janeiro de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.174
A feira livre de Santana do Ipanema, acontece,
principalmente aos sábados. Foi sugestão de um dos seus fundadores e primeiro
padre do município, Francisco Correia. No século passado, houve necessidade em
ser acrescentado mais um dia de feira-livre e Santana do Ipanema passou a ter
duas feiras semanais. A principal, aos sábados e, a complementar às quartas.
Nos dias atuais, entretanto, não oficialmente, se encontra feira-livre em
Santana todos os dias. E hoje, quarta-feira (22) fomos para uma vistoria
informal por ali. O que mais nos chamou a atenção foram aqueles tipos de
guloseimas encontradas nas bancas, no passado e que haviam desaparecido por
décadas seguidas. E agora você já as encontra de volta, lembrando os diversos
lugares de Arapiraca que nunca abandonaram a tradição.
Desde o governo municipal passado que já se
falava em mudar a tradicional feira do sábado, do comércio para o Bairro Lagoa
do Junco. Houve muito zum-zum-zum, dos comerciantes que prometiam resistir o
que seria uma nova ordem. Entretanto, nesta gestão, ainda não se sabe como
ficará a feira. Como em todas as coisas, existem as vantagens e as desvantagens
de uma possível mudança geográfica. Mas, é bem possível que haja um diálogo
mais profundo entre os interessados. Porém, interessante também se o povo em
geral fosse ouvido. Enquanto isso, vamos passeando na feira da quarta com os
olhos nas novidades, talvez, encontrando o que estávamos procurando encontrar
em outras cidades.
Entretanto, vimos as condições deploráveis do
Mercado de Cereais, construído ainda no governo Adeildo Nepomuceno. Estar
precisando de uma ampla reforma e que não achamos fácil de fazê-la, pois ocupa
uma faixa, estreita e cumprida, no Bairro Monumento – para onde a feira se
estendeu – e não tem mais terreno pelas laterais para acontecer a reforma. O
prédio é feio que só um urubu e, desgastado e imundo mais ainda. Não sabemos se
existe algum projeto municipal ou particular para a construção de um novo
Mercado de Cereais em outro local e que seja compatível com a arquitetura do
bairro mais sofisticado da cidade, mais higiene, eficiência e conforto aos
usuários. O prédio pode nada representar para quem é de fora, mas para nós que
torcemos pela nossa urbe, hoje representa vergonha, assim com temos também da
atual rodoviária em ruínas.
MERCADO DE CEREAIS (B. CHAGAS).
Nenhum comentário:
Postar um comentário