segunda-feira, 23 de março de 2020

OUTRO DESAFIO DE CAMINHADA GEO


OUTRO DESAFIO DE CAMINHADA GEO
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de março de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.280

AÇUDE DO BODE EM 2013. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).
É certo que você deve estar em casa nessa fase de vírus no Brasil e no mundo. Mas também pode planejar outra caminhada além da proposta da reserva Tocaia. Precisa energia, vontade, amar a Natureza e espírito aventureiro. Assim vamos a um roteiro geográfico e histórico que você poderá seguir com um grupo confiável.
O açude do Bode, na periferia de Santana do Ipanema, Alagoas, foi construído pelo DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), em 1950. A finalidade era ajudar a abastecer a cidade que ainda não tinha água encanada. A água chegou e o açude ficou abandonado. Sua beleza é um ponto turístico da cidade, ainda desconhecido pelo próprio santanense.
E se você aceita a empreitada, azeite as pernas e vamos iniciar o roteiro da libertação sedentária. Saia do centro da cidade na caminhada pela BR-316 até a UNEAL. Do lado esquerdo da pista entre e siga direto por cerca de 1 quilômetro. Chegando ao açude, percorra o seu paredão e fotografe à vontade. Depois de observar tudo e conferir suas anotações suba pelo riacho do Bode, que alimenta o açude com o mesmo nome. Você andará por cercados particulares dois ou três quilômetros procurando as nascentes do riacho nas proximidades da serra da Camonga, “a Baronesa”. Qualquer lugar é bom de acampamento. Terminada essa etapa. Você voltará pela estrada normal, povoado São Félix – Santana e perto da antiga fazenda Baixio penetra por um caminho desprezado à esquerda, até o açude.
Novamente no açude, você segue rumo contrário às nascentes do riacho. Busca o sangradouro e desce até à foz. Logo estará de novo na BR-316, além do Batalhão de Polícia. Atravessa a pista e vai sair no pequeno desaguadouro, após as
últimas casas da Maniçoba. É dose para elefante, amigo (a) mas se vencer o desafio poderá desfrutar de cervejas geladas em um barzinho próximo ao antigo Grupo Escolar.
Mexa-se.




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domingo, 22 de março de 2020

DOIS EDIFÍCIOS IMPONENTES


DOIS EDIFÍCIOS IMPONENTES
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de março de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.279
MUSEU E SALÃO PAROQUIAL. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).

Uma volta pelo Centro Comercial de Santana do Ipanema, Alagoas, representa um passeio no anfiteatro da história. Hoje apresentamos dois prédios de destaque entre tantos outros que registram os passos importantes de Santana vila, Santana cidade, em busca do seu futuro. À esquerda da foto, o Museu de Artes Darras Noya com seu amarelão, guarda um acervo importantíssimo das relíquias preservadas do nosso município. O próprio edifício simboliza esse relicário com suas inúmeras janelas, portas e parte do piso de madeira. Lembra muito bem a elite e o fastígio da época em que foi construído. Pertenceu ao coletor federal e maestro Manoel Vieira de Queiroz, fundador da primeira banda de música da vila, em 22 de novembro de 1908, com o nome de Filarmônica Santa Cecília. Manoel foi ainda fundador do 10 teatro de Santana. Ali também morou o ilustre baiano, Dr. Arsênio Moreira, 10 médico a clinicar em Santana do Ipanema.
Ao lado do Museu Darras Noya, à direita, vê-se o Salão Paroquial da Matriz de Senhora Santana. Foi construído pelo saudoso pároco Luiz Cirilo Silva, onde antes era um terreno baldio da Igreja e parte do jardim da casa vizinha. O salão visava maior conforto de atendimento aos fiéis da burocracia da igreja: marcar data de casamento, batizado, pegar batistério e mesmo um espaço para guardar charolas e outras coisas mais. Muitas vezes foi cedido à sociedade para reuniões às mais diversas. Na frente, uma bela varanda com vistas para a parte mais ladeirosa do Comércio; abaixo da varanda o padre Cirilo construiu uma gruta em homenagem a Nossa Senhora, bastante admirada pela população e visitantes.
O museu não iniciou suas atividades nesse local. Quando fundado, funcionava no prédio multiuso da prefeitura à Avenida Nossa Senhora de Fátima, prédio que ainda hoje existe com placa de bronze na parede externa. Existe um sótão (porão) com saída para a rua que foi e ainda é usado por sapateiros, vendedores e como depósito de feirantes.
Ambos os edifícios estão na parte central do Comércio, sendo que o museu ajuda a estreitar a passagem entre o largo das feiras semanais e a outra parte que compreende a Praça Manoel Rodrigues da Rocha. Esteja mais atento ao que o cerca no seu cotidiano. Você está cercado de História.






  


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