domingo, 22 de março de 2020

DOIS EDIFÍCIOS IMPONENTES


DOIS EDIFÍCIOS IMPONENTES
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de março de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.279
MUSEU E SALÃO PAROQUIAL. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).

Uma volta pelo Centro Comercial de Santana do Ipanema, Alagoas, representa um passeio no anfiteatro da história. Hoje apresentamos dois prédios de destaque entre tantos outros que registram os passos importantes de Santana vila, Santana cidade, em busca do seu futuro. À esquerda da foto, o Museu de Artes Darras Noya com seu amarelão, guarda um acervo importantíssimo das relíquias preservadas do nosso município. O próprio edifício simboliza esse relicário com suas inúmeras janelas, portas e parte do piso de madeira. Lembra muito bem a elite e o fastígio da época em que foi construído. Pertenceu ao coletor federal e maestro Manoel Vieira de Queiroz, fundador da primeira banda de música da vila, em 22 de novembro de 1908, com o nome de Filarmônica Santa Cecília. Manoel foi ainda fundador do 10 teatro de Santana. Ali também morou o ilustre baiano, Dr. Arsênio Moreira, 10 médico a clinicar em Santana do Ipanema.
Ao lado do Museu Darras Noya, à direita, vê-se o Salão Paroquial da Matriz de Senhora Santana. Foi construído pelo saudoso pároco Luiz Cirilo Silva, onde antes era um terreno baldio da Igreja e parte do jardim da casa vizinha. O salão visava maior conforto de atendimento aos fiéis da burocracia da igreja: marcar data de casamento, batizado, pegar batistério e mesmo um espaço para guardar charolas e outras coisas mais. Muitas vezes foi cedido à sociedade para reuniões às mais diversas. Na frente, uma bela varanda com vistas para a parte mais ladeirosa do Comércio; abaixo da varanda o padre Cirilo construiu uma gruta em homenagem a Nossa Senhora, bastante admirada pela população e visitantes.
O museu não iniciou suas atividades nesse local. Quando fundado, funcionava no prédio multiuso da prefeitura à Avenida Nossa Senhora de Fátima, prédio que ainda hoje existe com placa de bronze na parede externa. Existe um sótão (porão) com saída para a rua que foi e ainda é usado por sapateiros, vendedores e como depósito de feirantes.
Ambos os edifícios estão na parte central do Comércio, sendo que o museu ajuda a estreitar a passagem entre o largo das feiras semanais e a outra parte que compreende a Praça Manoel Rodrigues da Rocha. Esteja mais atento ao que o cerca no seu cotidiano. Você está cercado de História.






  


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