DOIS
EDIFÍCIOS IMPONENTES
Clerisvaldo
B. Chagas, 23 de março de 2020
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Uma volta pelo Centro
Comercial de Santana do Ipanema, Alagoas, representa um passeio no anfiteatro
da história. Hoje apresentamos dois prédios de destaque entre tantos outros que
registram os passos importantes de Santana vila, Santana cidade, em busca do
seu futuro. À esquerda da foto, o Museu de Artes Darras Noya com seu amarelão,
guarda um acervo importantíssimo das relíquias preservadas do nosso município.
O próprio edifício simboliza esse relicário com suas inúmeras janelas, portas e
parte do piso de madeira. Lembra muito bem a elite e o fastígio da época em que
foi construído. Pertenceu ao coletor federal e maestro Manoel Vieira de
Queiroz, fundador da primeira banda de música da vila, em 22 de novembro de
1908, com o nome de Filarmônica Santa Cecília. Manoel foi ainda fundador do 10
teatro de Santana. Ali também morou o ilustre baiano, Dr. Arsênio
Moreira, 10 médico a clinicar em Santana do Ipanema.
Ao lado do Museu Darras
Noya, à direita, vê-se o Salão Paroquial da Matriz de Senhora Santana. Foi
construído pelo saudoso pároco Luiz Cirilo Silva, onde antes era um terreno
baldio da Igreja e parte do jardim da casa vizinha. O salão visava maior
conforto de atendimento aos fiéis da burocracia da igreja: marcar data de
casamento, batizado, pegar batistério e mesmo um espaço para guardar charolas e
outras coisas mais. Muitas vezes foi cedido à sociedade para reuniões às mais
diversas. Na frente, uma bela varanda com vistas para a parte mais ladeirosa do
Comércio; abaixo da varanda o padre Cirilo construiu uma gruta em homenagem a
Nossa Senhora, bastante admirada pela população e visitantes.
O museu não iniciou
suas atividades nesse local. Quando fundado, funcionava no prédio multiuso da
prefeitura à Avenida Nossa Senhora de Fátima, prédio que ainda hoje existe com
placa de bronze na parede externa. Existe um sótão (porão) com saída para a rua
que foi e ainda é usado por sapateiros, vendedores e como depósito de
feirantes.
Ambos os edifícios
estão na parte central do Comércio, sendo que o museu ajuda a estreitar a
passagem entre o largo das feiras semanais e a outra parte que compreende a
Praça Manoel Rodrigues da Rocha. Esteja mais atento ao que o cerca no seu
cotidiano. Você está cercado de História.
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