quarta-feira, 14 de outubro de 2009

DUNGA E FREI FARRAPO

DUNGA E FREI FARRAPO
(Clerisvaldo B. Chagas. 15.10.2009)

Quando nos anos 50 dois times competiam nas areias grossas do rio Ipanema, estava tudo embolado. No desenrolar do jogo foi chegando dois caçadores com roupas de caça, isto é, completamente em molambos. Um deles, chamado Geraldo, espingarda à mão, foi logo indagando pelos nomes dos times. Um gaiato que acompanhava o jogo, vulgo Neném, respondeu dizendo com a situação de miséria daqueles trajes: “Olá, Frei Farrapo! Estão jogando “Fofa Bosta” e “Peido Azul”.
Temos um respeito quase patriótico pela seleção brasileira de futebol. Admirador e adepto do sucesso de Dunga, sempre acompanhamos todos os jogos da seleção. Depois de um belo trabalho, lutando até contra o descrédito, o treinador brasileiro classificou e distribuiu imensas alegrias e esperanças para o povo. Acontece que depois de nos acostumar com fraque e cartola, é como se tivesse tido um acesso de desprezo pela seleção que dirige. Todos que vão jogar nas alturas de mais de três mil metros, chegam uma semana antes ou mais. A seleção do Dunga passou o tempo todo na mordomia de granja brasileira, deixando para a última hora do jogo, à subida para os Andes. Seleção para brasileiro é coisa séria. É muito dinheiro e orgulho do povo do Brasil em jogo. Dunga comportou-se como qualquer sem levar em conta nada, como se dissesse que todos perdoariam a sua excentricidade. Foi lá em cima, jogou feio e apanhou bonito. Para homenagear a sua pele por ter classificado a seleção, foi um silêncio total como se no Brasil todos estivessem em porre etílico. Uma vergonha! Não satisfeito com a palhaçada, ainda ficou denegrindo a imagem do árbitro, numa atitude mais vergonhosa ainda (Nem todos estavam bêbados diante da telinha). Foi às alturas sem fraque e sem cartola, só de bermuda de fundilhos rasgados.
Ontem à noite o novo poderoso Dunga, novamente amparado pela classificação antecipada para a copa, fez pior ainda. E não adianta as opiniões contrárias dos grandes do microfone. Ninguém é doido nem cego. Não queremos apenas classificação. Queremos vitórias, vitórias e vitórias, porque temos condições de vitórias. Porque futebol é nossa paixão. Porque o povo paga. Porque a despesa é enorme. Porque o Brasil tem um nome a zelar. Porque não admitimos brincadeiras com coisas sérias. O vexame de Campo Grande, com a pior seleção da América do Sul, foi outra retumbante vergonha nacional. Não sou de andar comentando resultado de time nenhum, mas como brasileiro com direito a berrar e espernear eu tenho. Deus queira que essas duas bermudas rasgadas nos fundilhos não sejam o início do contrário do trabalho brilhante que vinha sendo feito antes. Foi uma verdadeira chacota ao povo brasileiro e, quem não concordar, tem todo direito de pensar ao contrário. Nesses dois jogos finais, nada faltou. Nem os louros da infelicidade em DUNGA E FREI FARRAPO ( o torcedor brasileiro)

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