OS SAFADOS
(Clerisvaldo B. Chagas. 21.10.2009)
Com o passar do tempo, muitos que fazem da política continuam apostando no leitor Mané. O analfabeto, o sem entendimento, o desmemoriado, o burro mesmo. Mas eles, os políticos, apostam que a nossa democracia já é bastante sólida e não há perigo algum de voltar aos tempos dos ditadores militares. Homens e mulheres que vieram de uma linhagem nova de lideranças, após os anos de chumbo, ganharam a confiança cega dos eleitores cansados de tantas imundícies. Hoje são esses mesmos, essas mesmas, que entram de peito aberto nos entendimentos das falcatruas, numa tentativa desesperada de não mais saírem do poder. É uma nova camarilha nojenta que desonra qualquer eleitor ou país sério do mundo. Tanto faz dizer que tudo começa de baixo para cima como de cima para baixo. Ficamos estarrecidos, decepcionados e incrédulos vendo o seriado da safadeza dos cupins dos poderes públicos. São os personagens municipais, estaduais e federais, que se fossem na Cuba de antigamente já estariam todos no El paredon. Não desejamos de forma alguma os tempos da farda de 64. Mas ficamos sem entender o silêncio das forças armadas, diante de tanta infâmia no cenário cafajeste da bandidagem do colarinho branco. Se formos citar os safados que perderam o nosso respeito, seria uma longa lista, que vai de candidato a prefeito, a governador, a presidente, a deputado e por aí afora. Quando não são as tramas escandalosas que atentam contra o cidadão tipo precatório, são manobras escabrosas e palavras de estábulos semelhantes a do eterno maloqueiro Maradona. Antigamente pelo menos havia ainda alguma camada de pau, hoje, mas nem isso; substituíram a camada pelo cara-de-pau. Até um metido a muito sério de Brasília desfila de cueca vermelha querendo ser rapazinho e engraçado. Vivemos no Brasil, no palco dos atores intocáveis, as comédias “bufonas”, as chanchadas de Zé Trindad, as porcarias das bocas de famosos apresentadores de televisão. Além das coisas boas, vivemos também no país do cocô, onde não se respeita mais ninguém.
Em 2010 não vai aparecer nenhuma novidade. São os mesmos. País, do município ao todo, os mesmo caras, as mesmas caras, os mesmos discursos, os mesmos truques, as mesmas pancadas. Ai do honesto e novato que for se meter no balaio de gatos! Não dá mais para aguentar esse território repleto de tantos canalhas que apontam com os dedos imundos para os drogados, os assaltantes comuns, os pedófilos ou os ladrões de galinhas. Entendemos porque muitos jornalistas de verdade e de vergonha, cansam e se calam, porque não encontram mais ecos em suas palavras vigorosas. E o império brasileiro vai virando império romano, na corrupção generalizada, no dinheiro, na boca porca, no roubo dos inocentes, nas cuecas podres de dólares e de sujeira, no mensalinho, no mensalão, no boizinho, no castelo, na empreiteira, na taturana... No avacalhamento. E o pau forte da gota serena, madeira de dá em doido, vai quebrando nas costas maleáveis do funcionário público, da pobreza brasileira. Vivemos a geração perversa dos homens do colarinho branco. A geração dos SAFADOS.
Em 2010 não vai aparecer nenhuma novidade. São os mesmos. País, do município ao todo, os mesmo caras, as mesmas caras, os mesmos discursos, os mesmos truques, as mesmas pancadas. Ai do honesto e novato que for se meter no balaio de gatos! Não dá mais para aguentar esse território repleto de tantos canalhas que apontam com os dedos imundos para os drogados, os assaltantes comuns, os pedófilos ou os ladrões de galinhas. Entendemos porque muitos jornalistas de verdade e de vergonha, cansam e se calam, porque não encontram mais ecos em suas palavras vigorosas. E o império brasileiro vai virando império romano, na corrupção generalizada, no dinheiro, na boca porca, no roubo dos inocentes, nas cuecas podres de dólares e de sujeira, no mensalinho, no mensalão, no boizinho, no castelo, na empreiteira, na taturana... No avacalhamento. E o pau forte da gota serena, madeira de dá em doido, vai quebrando nas costas maleáveis do funcionário público, da pobreza brasileira. Vivemos a geração perversa dos homens do colarinho branco. A geração dos SAFADOS.
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