O BICHO COME
Clerisvaldo B Chagas, 23 de fevereiro de 2012
Diz um ditado que “em tempo de murici, cada um cuida de si”. Outra sabedoria popular afirma que “não há quem não cuspa para cima que não lhe caía na cara”. Contemplando a luneta do Oriente Médio, a situação de Israel não pode causar inveja a ninguém. É certo que venceu uma guerra contra vários países vizinhos, em apenas seis dias, ações que deixaram orgulhosos os filhos israelitas e o aliado, da América do Norte. Sendo a única nação desenvolvida da Ásia Seca, Israel continua brigando com a vizinhança que pratica religião diferente da sua. Está cercado de inimigos por todos os lados, continuando sua história bíblica do tempo dos filisteus. Contando sempre com os Estados Unidos, seus aliados na região, Israel parece angustiado com a evolução vizinha e suas novas tecnologias. Os judeus têm intrigas com todos. Mesmo assim, diante da evolução inimiga com possíveis novas alianças, os judeus continuam provocando sem querer devolver as terras conquistadas na guerra dos seis dias. Além disso, fala em paz, mas não quer parar de construir casas para colonos do seu povo nas terras alheias confiscadas. Até a nação americana mesmo, não aconselha esse perigoso desafio provocativo, porém, Israel continua insistindo.
Mais à frente, na questão do Irã, tem uma vontade danada de invadir logo aquele território, mas sabe perfeitamente que o Irã desenvolveu novas e poderosas armas, não sendo tão fácil uma invasão convencional. Por outro lado ainda tem dúvidas se irá receber o apoio maciço do antigo aliado da América. Apesar dos percalços, continua provocando os palestinos com suas construções. O Irã ameaça melhorar seu padrão bélico para riscar do mapa o país judeu. A agonia israelita transborda e ele sabe que não pode mais esperar pelo desenvolvimento iraniano com suas intenções anunciadas. No caso palestino, Israel cospe para cima. Na situação do Irã vive tempo de murici; não pode ficar esperando por americanos. Na sua análise, uma guerra convencional contra o Irã não resolveria. A solução única é um ataque nuclear para riscar de vez os iranianos da face da terra, assim como Estados Unidos fizeram com Hiroshima. A resposta poderia ser uma reação em cadeia dos parceiros iranianos, inclusive dos dois gigantes asiáticos. Daí para um fim de mundo faltaria pouco. Ninguém se espante com a notícia nuclear em qualquer uma dessas próximas madrugadas. E como disse nosso amigo cientista, João Tertuliano, o calendário maia continua de pé.
Pelo visto, Israel agindo sempre como Davi contra as presepadas de Saul, coloca os pés pelas mãos e passa a imitar o próprio Saul. As mesmas brigas do começo são as do meio e, tudo marcha também para as do final dos tempos. A coisa está feia, amigo, dramática, horrível mesmo! Nenhum país gostaria de estar na pele de Israel com seu dilema imediatíssimo, perigoso e sem escape que faz lembrar as afirmações nordestinas brasileiras: “Se ficar o bicho pega, se correr O BICHO COME”.
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