segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

FLORIANO E SILVÂNIA

FLORIANO E SILVÂNIA
Clerisvaldo B. Chagas,  20 de fevereiro de 2012.
Crônica Nº 722

          Quando morre pessoa conhecida nossa, ficamos desconcertados, pois, apesar da certeza, nunca estamos preparados para a passagem, nem a nossa nem a dos amigos e parentes. Quando a despedida é violenta, mais desconcertos ainda e, na tragédia dupla, ficamos, além de assustados, sem acreditar que o fato tenha mesmo acontecido. O caso de Floriano Salgueiro Silva, filho do industrial Domício Silva (compadre de meu pai, Manoel Chagas) e da professora Iracema Salgueiro, colega da minha mãe Helena Braga das Chagas, deixa a sociedade santanense perplexa e enlutada com a fatalidade da BR-316. Pessoa de nível social elevado, entretanto, Floriano levava uma vida simples, desde o nosso coleguismo nos bancos escolares do Ginásio Santana. Estava sempre contribuindo com inúmeras formas para o melhoramento do nosso município, mantendo um relacionamento pacato, decente e dinâmico em todas as esferas de Santana. Como gostava do tema “cangaço”, convidou-me por cerca de três vezes para à sua fazenda à margem do São Francisco para dali visitarmos a Grota de Angicos, onde se deu a hecatombe conhecida mundialmente. A ele, meses atrás, havia dedicado uma das minhas crônicas sobre o assunto.
         Silvânia Maria Lima Silva, sua esposa, ministrava suas aulas de Literatura na Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva. Mestra em fazer amizades, possuía energia positiva contagiante, sendo querida no trabalho ou em qualquer lugar aonde chegasse com o seu astral. Foi a nossa Vice-gestora durante uma campanha para a direção da Escola Estadual Mileno Ferreira. A tão amada pelos alunos, colegas e funcionários, Silvânia Maria, transferiu-se para outro plano ao lado daquele a quem amava, num fatídico sábado do Rei Momo, dia escolhido por Deus para uma conversa a sós com o ilustre casal para Santana do Ipanema e para ELE, o Pai que tudo sabe. E lá se vão uma nobre ex-colega e um amigo que ministravam exemplos de vida diariamente na “Rainha do Sertão”.
          Santana recebe golpe duplo no desfalque difícil do preenchimento em curto prazo. Ultimamente estávamos com a ideia de, justamente, com Floriano e outro ex-colega que atualmente vive em Maceió, promovermos um encontro com os que estudaram conosco no Ginásio, cerca de cinquenta, para um encontro de um dia em lugar aprazível do município. Difícil agora pensar no mesmo assunto novamente. Para Santana enlutada, ficou a saudade dorida e as ótimas lembranças de um casal encantador: FLORIANO E SILVÂNIA.


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