quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

NOVAMENTE O JUAZEIRO

NOVAMENTE O JUAZEIRO
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de fevereiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.055

IMAGEM (WIKIPÉDIA)
No Sertão de Alagoas, conhecemos a árvore apenas como Juazeiro (Ziziphus joazeiro), mas em outras regiões também é chamada de joá, laranjeira-de-vaqueiro, juá-fruta e juá-espinho. Seus frutos são pequenos, amarelos e apreciados pelos caprinos. Dizem que são usados para geleias. Esses frutos são adocicados e comestíveis, mas os humanos não podem se exceder. O homem, desmatador por excelência, poupa sempre o juazeiro porque ele é resistente às estiagens e fornece sombra aos rebanhos. Pode se desenvolver até cerca de 15 metros de altura. Tem propriedades medicinais e é muita usado na indústria de cosméticos. Foi imortalizado pelo célebre cantor Luiz Gonzaga, numa homenagem bela e merecida, pois também é abundante na região do saudoso cantor.
Embora procurado para descanso pelos que perambulam pelos cercados e estradas, é preciso cuidado. Os seus espinhos estão por todos os lugares da árvore. Ninguém sobe em juazeiro. Quando nos galhos, são prolongamentos dos seus nós, formando uma só peça com eles. Afunilados, compridos, escuros e torneados, esses espinhos são duríssimos, trespassam calçados de borracha com facilidade, causando uma dor “grossa”, enjoativa e duradoura. Arranchar-se confortavelmente sob o juazeiro, somente após uma varredura com outras folhas e gravetos. O juazeiro costuma atritar com o vento, ramificações muito próximas, cujo som assemelha-se aos gemidos de pessoas. Os desavisados atribuem o fenômeno aos mal assombros.  Do gonzaga
Por fim: puxando o fole velho do Gonzaga:

“Juazeiro, juazeiro,
Me responda por favor,
Juazeiro, velho amigo,
Onde anda o meu amor... (...)

                          (...) Juazeiro seja franco
                          Ela tem um novo amor
                          Se não tem
                          Porque tu choras
                          Solidário à minha dor (...)”.




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