OS PONTOS DAS PONTES
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de agosto de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.165
RAVINA SOB A PONTE DO RIACHO JOÃO GOMES. (FOTO: B. CHAGAS). |
O trânsito de automóveis se expandiu muito no
mundo e inúmeras passagens, pontes e viadutos não acompanharam a modernidade.
Muitas são bem feitas, garantidas, mas se tornaram estreitas mais tarde e
deixaram de priorizar o pedestre. Em Alagoas temos a ponte sobre o riacho
Traipu e a de Dois Riachos, antigas, substituídas e convivendo ao lado das mais
novas, como história de museu vivo. Em Santana do Ipanema, temos a ponte Cônego
Bulhões, General Batista Tubino, Barragem e do Aterro. A do aterro recentemente
ganhou pequena passarela em ambos os lados. Ponte curta sobre o riacho
Camoxinga, extremamente perigosa, desafoga o trânsito central pela BR-316. A
Cônego Bulhões em pleno Comércio, já foi ampliada e continua estreita, formando
um funil para o trânsito.
A Ponte General Batista Tubino, em pleno
comércio, possui passarelas estreitas e nem sempre um pedestre passa pelo outro
sem descer para a pista perigosa. Além disso, sua murada não tem altura de
segurança. Assim como o antigo Edifício Breda em Maceió, a ponte sempre aumenta
a estatística de suicídio, da murada baixa às pedras do leito do rio Ipanema. A
ponte da Barragem, na BR-316, tem as mesmas características da primeira, um
ponto defeituoso do século XXI. Dizem os políticos, que não falta dinheiro,
falta projeto. Assim os pedestres vão enfrentando automóveis e carretas numa
ponte longa, estreitíssima, que mete medo.
Existe também a ponte sobre o riacho João
Gomes, cujas passagens de pedestres têm a altura das canelas. Foi muito difícil
pesquisar e fotografar o riacho, pelo trânsito intenso na rodovia. É passar
correndo pelo seu leito, antes do próximo veículo que vem embalado. As margens
do riacho são rigorosamente cercadas de arame farpado e que não há oportunidade
de pesquisas por ali.
Quem diria! Tanta espera para se construir
uma ponte e quando vem é para assustar os caminhantes.
Mesmo assim vê-se lixo ensacado, em baixo,
jogado do alto. E olhe que o lugar é área de reserva ambiental.
Chega de pontes por hoje.
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