LAMPIÃO CORREU
Clerisvaldo
B. Chagas, 29 de janeiro de 2020
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
27.06.1922. Água
Branca (AL). Matinha de Água Branca. Segundo telegrama enviado ao
Secretário do Interior, um grupo grande de cangaceiros invadiu Água Branca
(AL) e, em torno de 04 horas da manhã
conseguiu entrar na residência da baronesa, arrombando a porta dos fundos
(velha viúva de Joaquim Antônio de Siqueira Torres). Invadiram os salões e os
quartos, num dos quais dormia a própria baronesa, despertada pela presença dos
intrusos. A baronesa e mais duas senhoras que lá moravam foram tratadas com
bastante respeito. Do lado de fora do palacete ficaram postados alguns
cangaceiros, que mantinham os demais moradores afastados, atirando contra os
que tentavam se aproximar.
Algumas pessoas
organizaram a resistência: alguns rapazes do comércio, o delegado Amarílio
Batista Vilar e dois ou três soldados.
Alguns cangaceiros
haviam se entrincheirado numa casa vazia onde atiravam devidamente protegidos.
Ali ficaram enquanto durou o assalto.
Dentro do palacete
foram quebradas as fechaduras e tudo foi revistado. Levaram muitas joias,
objetos de valor, inclusive um cordão de ouro de aproximadamente três metros
de comprimento, e dinheiro, muito
dinheiro.
Os cangaceiros,
quando saíram dali, seguiram rumo ao município pernambucano de Tacaratu.
O povo então cantou:
“Quando Lampião correu
Da cidade de Matinha
Foi no trote americano
No galope almofadinha”.
(Extraído
do livro Lampião em Alagoas, págs. 118-119).
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