SANTANA E SUA FEIRA
Clerisvaldo
B. Chagas, 24 de janeiro de 2020
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Continua se segurando
a Feira da Agricultura Familiar em Santana do Ipanema. São dois anos da
feirinha realizada as sextas, um dia antes da tradicional feira livre da
cidade. Idealizada para incentivar a agricultura de roça e assentamentos, o
comércio leva aos clientes produtos de qualidade e vai ganhando a preferência
dos que procuram opção segura na alimentação. Desde o início o evento das
sextas foi apontado para funcionar à Avenida Arsênio Moreira vizinha a Caixa
Econômica Federal. Hortaliças, legumes, frutas, pequenos animais, artesanato e
demais produtos fazem parte daquele comércio com suas barracas padronizadas.
Chama atenção até para os menos exigentes, a limpeza dos pontos de vendas e os
arredores. Um contraste com a do sábado.
O movimento das feirinhas
é organizado no estado inteiro. Em centros maiores, como a capital, existe a
mudança de lugares para prestigiar outros bairros, mas sempre acontecendo com a
mesma qualidade dentro de Alagoas. Além
de o cliente levar produto superior, o
incentivo à agricultura de roça gera mais emprego e melhora a economia das
famílias envolvidas no projeto. A exemplo dos programas de criação de galinha
caipira, abelhas, caprinos e ovinos, o semiárido vai gerando renda e melhorando
significativamente o antigo cenário sem expectativa. As vendas para as escolas
do governo também têm assegurado o ânimo da agricultura familiar,
principalmente quando o pagamento é feito em dia.
Na última vez em que
estive na feirinha de Santana do Ipanema, até sanfoneiro animava o ambiente.
Sim senhor, sanfona, triângulo e zabumba. O evento semanal tornou-se até ponto
de encontro mesmo dos que nada vão comprar. Saí de banca em banca igual a
conferente, vendo produtos que há muito não via no mercado. Banha de porco,
doces caseiros feitos nos sítios, guloseimas de goma e até garrafinhas de mel
de abelha italiana. Diante de uma banca com artesanato de metal deparei-me com
o famoso artesão Roninho. Ganhei na hora uma peça bonita e pesada como
cortesia.
Viva o homem do campo
que produz a nossa alimentação.
Parabéns à Feirinha
pelos dois anos de existência.
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