terça-feira, 21 de junho de 2022

 

OS RIOS E O HOMEM

Clerisvaldo B. Chagas, 22 de junho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.720

 

“Os rios representam um papel saliente na distribuição do efetivo humano e no aspecto das paisagens humanizadas.

As correntes fluviais fornecem água para o consumo doméstico, promovem a irrigação das terras marginais favoráveis à agricultura, dão de beber aos rebanhos de criação, proporcionam a circulação dos transportes aquáticos, oferecem ancoradouros naturais em suas embocaduras e marcam geralmente a localização das principais cidades do mundo.

Outra utilização dos cursos fluviais consiste no aproveitamento do seu potencial de energia, a força da água em movimento vem há algum tempo sendo aproveitada para movimentar rodas, moinhos e engenhos; atualmente a engenharia consegue transformar a energia hidráulica em energia elétrica nas chamadas hidrelétricas Os lugares mais favoráveis para a construção dessas usinas hidrelétricas são as cachoeiras, isto é, as quedas-d’água provocadas pelos desníveis bruscos nos leitos dos rios de planalto. Assim é que o aproveitamento do potencial hidrelétrico da cachoeira de Paulo Afonso, no rio São Francisco, é capaz de fornecer energia a uma vasta área coberta pelos estados brasileiros desde a Bahia até o Ceará”.

ANADRADE C. Manoel & SETTE Hilton. Geografia Geral. Editora do Brasil S/A. São Paulo.

 Pag. 167.

Já os rios que formam o semiárido nordestino quase sempre estão nas condições de rios temporários ou intermitentes, isto é, escorrem em períodos chuvosos e ficam secos durante a estiagem. São apreciados pelos ribeirinhos em ambas as maneiras. É que, na verdade, seus benefícios são permanentes.

Quando os rios estão secos, formam verdadeiros jardins naturais, com árvores, arvoretas arbustos e gramíneas, sendo muitos dessa vegetação de propriedades medicinais e de conhecimentos profundos pelos populares. Formam poços e cacimbas, assegurando a sobrevivência, além de fornecer inúmeros materiais de uso diário das pessoas como areia para construções, argila de tijolos e telhas; podem sustentar rebanhos na pastagem alimentada pelas águas dos lençóis freáticos; juncos para preenchimentos de colchões e, pedras polidas para ornamento de muros e jardins domésticos. Somente o ribeirinho sabe o valor, tanto de um rio cheio quanto o de um rio seco.

É por isso que o rio Ipanema é tão amado em sua região sertaneja.

IMAGEM COM FRACA NITIDEZ DO RIO IPANEMA SECO APRESENTADA NO LIVRO DE REFERÊNCIA ACIMA.

 

 


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