SEBASTIÃO DE NARBONNE
Clerisvaldo
B. Chagas, 27 de junho de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.723
Originário de Narbonne (França) 256-288 e cidadão de Milão, Itália,
foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo
imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que
significa divino, venerável.
Com o nome de São Sebastião foi construída no antigo Comércio de
Santana Vila a Igreja particular com esse padroeiro. Aproximadamente, em 1915,
a poderosa família Rocha escolheu a esquina de um beco para edificar a obra e,
o beco também passou a ser conhecido como o Beco de São Sebastião. Essa via é
passagem obrigatória do comércio para a Rua Prof. Enéas ou Rua de Zé Quirino e pode
chegar, após, ao rio Ipanema, justamente por trás do Comércio.
Portanto,
a Igrejinha de São Sebastião, em Santana do Ipanema, aniversaria este ano com
suas 107 velinhas. É um templo discreto, pouco notado por quem passa e quase
sempre se encontra fechado. Já foi motivo de embate com a Paróquia no final do
século passado quando um remanescente daquela família se movimentou para
tomá-la e transformar a capela em ponto comercial à venda. Não conseguiu devido
à forte reação popular. Quando o templo
de São Sebastião se encontra raramente aberto, causa admiração ao transeunte
que não perde tempo para ali adentrar e fazer suas orações ao mártir tão
conhecido e amado do catolicismo brasileiro. Embora pareça nem existir, quando fechado, é
um dos edifícios históricos mais importantes do Comércio santanense.
O Beco São
Sebastião marcou muito nas festas de Senhora Santana. Por ali desciam para o
rio Ipanema muitos casais clandestinos. Ponto certo de soltar foguetes e bombas
durante os festejos à santa. Já a igrejinha de São Sebastião foi palco de muitas
missas, lugar de entrega nos Domingos de Ramos e cenário para o Terço dos
Homens. Muito querido do sertanejo, o chamado Mártir São Sebastião é padroeiro em lugares como
Monteirópolis, povoado Areias Brancas e Poço das Trincheiras. Suas festas
atraem multidões de fervorosos devotos, munícipes e visitantes. Mas a igrejinha
fechada é como se não existisse, uma pessoa de cabeça baixa de tristeza no meio
da multidão.
Parabéns
Igrejinha pela sua história e seus 107 anos de existência!!!
Viva São
Sebastião!!! Viva a Igrejinha!
IGREJA E
BECO SÃO SEBASTIÃO. (FOTO: B. CHAGAS/ARQUIVO).
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