domingo, 26 de junho de 2022

 

 

SEBASTIÃO DE NARBONNE

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de junho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.723

 


Originário de Narbonne (França) 256-288 e cidadão de Milão, Itália, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável.

Com o nome de São Sebastião foi construída no antigo Comércio de Santana Vila a Igreja particular com esse padroeiro. Aproximadamente, em 1915, a poderosa família Rocha escolheu a esquina de um beco para edificar a obra e, o beco também passou a ser conhecido como o Beco de São Sebastião. Essa via é passagem obrigatória do comércio para a Rua Prof. Enéas ou Rua de Zé Quirino e pode chegar, após, ao rio Ipanema, justamente por trás do Comércio.

Portanto, a Igrejinha de São Sebastião, em Santana do Ipanema, aniversaria este ano com suas 107 velinhas. É um templo discreto, pouco notado por quem passa e quase sempre se encontra fechado. Já foi motivo de embate com a Paróquia no final do século passado quando um remanescente daquela família se movimentou para tomá-la e transformar a capela em ponto comercial à venda. Não conseguiu devido à forte reação popular.  Quando o templo de São Sebastião se encontra raramente aberto, causa admiração ao transeunte que não perde tempo para ali adentrar e fazer suas orações ao mártir tão conhecido e amado do catolicismo brasileiro.  Embora pareça nem existir, quando fechado, é um dos edifícios históricos mais importantes do Comércio santanense.

O Beco São Sebastião marcou muito nas festas de Senhora Santana. Por ali desciam para o rio Ipanema muitos casais clandestinos. Ponto certo de soltar foguetes e bombas durante os festejos à santa. Já a igrejinha de São Sebastião foi palco de muitas missas, lugar de entrega nos Domingos de Ramos e cenário para o Terço dos Homens. Muito querido do sertanejo, o chamado Mártir   São Sebastião é padroeiro em lugares como Monteirópolis, povoado Areias Brancas e Poço das Trincheiras. Suas festas atraem multidões de fervorosos devotos, munícipes e visitantes. Mas a igrejinha fechada é como se não existisse, uma pessoa de cabeça baixa de tristeza no meio da multidão.

Parabéns Igrejinha pela sua história e seus 107 anos de existência!!!

Viva São Sebastião!!! Viva a Igrejinha!

 

IGREJA E BECO SÃO SEBASTIÃO. (FOTO: B. CHAGAS/ARQUIVO).

 

 

 


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