PATRIMÔNIOS CULTURAIS
Clerisvaldo
B. Chagas, 19 de abril de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica; 2.867
São
patrimônios arquitetônicos de Santana do Ipanema, o “quarteto do Monumento” e o
“quarteto do Comércio”. O quarteto do Monumento, é formado pela “Igrejinha/monumento
de N. Senhora Assunção”, “Grupo Escolar Padre Francisco Correia”, “Ginásio
Santana” e “Tênis Club Santanense”. Já o quarteto do Comércio, é formado pelo
“casarão de esquina”, pelo “casarão do deus Mercúrio”, pelo “casarão da Praça”
e do casarão do “maestro Queiroz”. São estes patrimônios que serão apresentados
em nossa palestra quinta-feira, próxima”, na Escola Estadual Prof. Aloísio
Ernande Brandão, ocasião do aniversário de Santana e do referido Colégio que
chega inteiro aos 31 anos de idade.
Não
estão incluídos nos dois quartetos, como você está notando, a Matriz de Senhora
Santana, situada no Comércio e a Igreja Sagrada Família localizada no bairro
Monumento. Tudo isso porque, em nossa humilde opinião, a Igreja Matriz de
Senhora Santana, é um patrimônio à parte e único e, a igreja Sagrada Família é
muito recente em relação aos quartetos. Mais recente ainda, temos o santuário à
Nossa Senhora de Guadalupe, implantada pelo, então, padre Delorizano, para
marcar a passagem do século XX para o século XXI. Estar o Santuário na entrada
da cidade sentido Maceió – Santana, pelo BR-316. Marca o início da Rua e Bairro
São Vicente, próximo ao Abrigo São Vicente de Paula.
Quanto
às nossas pontes, suas ausências, ainda cedo da cidade fez com que surgisse uma
plêiade de heróis santanenses com o intuito de transportar gente e mercadorias
de uma margem a outra tanto do riacho Camoxinga, quanto do rio Ipanema. Até
automóveis foram transportados em canoas. E as velhas pontes de madeira
construídas sobre a foz do riacho Camoxinga, tantas fizessem quanto seriam
destruídas pelo riacho. E mesmo numa época difícil para fotografar, escapou a
foto da multidão contemplando a bagaceira da enchente de 1915, no valente
Camoxinga. Em 1937, foi erguida a primeira ponte de concreto sobre a foz do
Camoxinga,custou 5 mil réis e foi considerada obra-de-arte. A ponte sobre o rio
Ipanema somente veio a acontecer no lugar Barragem, em 1951. Os canoeiros
continuaram em atividade no poço do Juá, até a construção da ponte Batista
Tubino, em 1969, no Comércio, de uma margem a outra do rio Ipanema. Daí em
diante, nossos heróis caíram no esquecimento até o nosso atual resgate com os “Canoeiros
do Ipanema”.
CASARÃO
DA ESQUINA, UMA DAS MAIS BELAS PEÇAS ARQUITETÔNICAS DA CIDADE. (FOTO: B.
CHAGAS/LIVRO 230).
Nenhum comentário:
Postar um comentário