VIVENDO
Á ÉPOCA
Clerisvaldo
B. Chagas, 20 de abril de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.868
A
primeira feira de livro que conhecemos foi na gestão Hélio Cabral de Vasconcelos,
em Santana do Ipanema. A feira aconteceu estimulada pelo prefeito na antiga Praça
da Bandeira, defronte a igrejinha/monumento de Nossa Senhora Assunção, do outro
lado da rua, na calçada do chamado “Beco de Seu Oséas” e ao longo da praça e
calçadas. Os estudantes do Ginásio Santana, participaram vibrantemente,
vendendo, comprando e trocando livros com os da feira. Foi ainda naquela gestão
que aconteceu o primeiro serviço radiofônico da cidade. Sua sede funcionava no
primeiro andar da Cooperativa Agrícola – CARSIL - cujo destaque era para o
locutor Zé Pinto Preto. Alto-falantes ficavam distribuídos em vários pontos da
cidade, um deles, no alto do” sobrado do meio da rua”, outro defronte a fábrica
de calçados de José Elias, na Rua de São Pedro e outro no início do beco
defronte a escola Ormindo Barros/. Os dois últimos em postes de madeira. O Primeiro,
amarrado ao telhado.
Foi
ainda o prefeito Hélio Cabral quem construiu a rodagem Carneiros – Senador Rui
Palmeira. No Bairro Monumento, construiu um elevado de primeiro andar sobre a, então,
“Sorveteria Pinguim”, para funcionar como palanque nas comemorações cívicas. O
museu de artes do município foi fundado em seu governo, em 12.09.1969.
Funcionava à Avenida Nossa Senhora de Fátima, num prédio pequeno e multiuso
ainda hoje existente e defronte ao famoso “Restaurante Xokantes”. Também é
verdade que, ainda nesse ano de 1969, o motor alemão que abastecia a cidade de
energia elétrica, exauriu e daí em diante passamos quatro anos no escuro.
No
final da Rua do Monumento, construiu a simpática pracinha com nome de Praça das
Coordenadas. Ali, em meio aos vegetais xerófilos do nosso bioma, construiu
bancos rudes de pedras e, no centro da praça colocou em placa de granito o nome
da praça e suas coordenadas geográficas. Na gestão seguinte, o prefeito Adeildo
Nepomuceno Marques, aproveitou a praça e ali colocou a estátua do jumento e seu
botador d’água, homenageando a ambos que abasteceram a urbe, principalmente com
água do Panema.
Assim
como o busto de D. Pedro I da década de 20, ninguém sabe onde foi parar a placa
da Pracinha das Coordenadas. No museu não se encontra.
PRAÇA
DAS COORDENADAS (FOTO: LIVRO 230,
DOMÍNIO PÚBLICO).
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