segunda-feira, 7 de outubro de 2024

 

PONTE CÕNEGO BULHÕES

Clerisvaldo B. Chagas, 8 de outubro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.122.

 



A velha ponte de Santana do Ipanema que liga o Comércio ao Bairro Camoxinga, foi construída na gestão do prefeito interventor Firmino Falcão Filho, colocado no cargo pelo, então, governador Silvestre Péricles. Antes, as inúmeras pontes ali encontradas eram de madeira e duravam apenas até a chegada das águas do riacho Camoxinga. Como ponte de concreto ajardinada foi considerda obra-prima da época e custou aos cofres públicos, 200 mil réis. Não sabemos quem deu o título “Ponte Padre Bulhões” e tornou-se conhecida popularmente como “Ponte do Padre”. A ponte foi construída exatamente sobre a foz do riacho, cujo padre morava à sua margem em local alto e seguro.  Infelizmente a casa histórica foi abandonada e demolida e hoje só a conhecemos através de fotografia de B. Chagas, no livro 230.

A parte do meio era mais estreita com passagens de pedestres pelas laterais em baixo relevo. Foi alargada essa parte na gestão municipal Isnaldo Bulhões. A passagens de pedestres, se tornaram apenas uma com alto relevo. Mesmo assim, a ponte continuou sendo um gargalo enorme para o trânsito santanense cada vez mais intenso. Na gestão Genival Tenório teve início a destruição devagar do paisagismo geral da localidade.  Foram destruídos os jardins para dá lugar à ambição por casas comerciais. Santana aguarda que um dia o local receba modificações profundas com muita engenharia que mudaria totalmente o cenário. Até quando a “Ponte do Padre”, resistirá?

O, então, prefeito “Marca Três Efes”, Firmino Falcão Filho, ainda doou o terreno onde foi construído o prédio federal dos Correios e homenageou o prefeito de 1926, com nome de Rua Benedito Melo (Rua Nova). O padre Bulhões tornou-se cônego e não sabemos quando, a ponte passou a ser chamada de “Ponte Cônego Bulhões”. Mas, para o povo continua a denominação popular “Ponte do Padre.

Após a ponte de concreto do prefeito “Nozinho (ô)” o Bairro da Camoxinga, discriminado pela elite,  teve um expansão nunca vista e hoje representa o segundo maior comércio de Santana do Ipanema. E os automóveis que antes passavam pelo riacho sobre o equilíbrio de canoas, passaram a deslizar suavemente pela ponte de concreto de Seu Nozinho.

AUTOMÓVEL EM TRAVESSIA. (FOTO: DOMÍNIO PÚBLICO, LIVRO 230/ACERVO DO AUTOR).


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