MALABARISMOS SANTANESES
Clerisvaldo B. Chagas, 31 de maio de 2022
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.708
Quando
a ponte barragem na BR-316 foi construída sobre o rio Ipanema, em Santana,
facilitou o trânsito para as cidades situada do outro lado do rio. Mesmo assim,
em épocas de grandes cheias, os veículos davam um rodeio enorme passando na
ponte e depois seguindo em direção a estrada que leva a serra da Remetedeira,
perto do hoje Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo. Aliás, o próprio
Clodolfo possuía fazenda por ali e contemplava subidas e descidas de automóveis
e caminhões contornando o rio Ipanema zangado, lá abaixo das barreiras. Antes
da construção da ponte, no início dos anos 1950, não havia alternativa. Era
passar em lombos de canoas ou não viajar para a margem direita do rio. Às vezes
um automóvel conseguia ser levado pelos canoeiros, mas caminhões, não havia
como, deixando inúmeros feirantes e suas mercadorias sem as feiras de Pão de
Açúcar, Carneiros ou a de Olho d’Água das Flores, as mais frequentadas por
santanenses.
Grande
influência teve a conhecida Ponte da Barragem na Economia de Santana e no seu
desenvolvimento. E se foi batizada com nome de gente, perdeu-se no tempo. Com
seus mais de 70 anos continua servindo em todo movimento do Sertão pela BR-316.
Formou-se ali vizinho o Bairro da Barragem formado por “cassacos” que
trabalharam na obra. Hoje o Bairro Barragem que era somente ao longo da pista,
se expandiu e mostra seu lado progressista e moderno do lado oposto da BR
seguindo à margem da barragem rio acima. Por outro lado, toda a área que representava
os fundos do antigo casario, foi completamente ocupada formando o chamado Clima
Bom, bairro denominado pela criatividade popular.
Pontes
físicas, sociais e espiritualista é isto que a humanidade precisa.
ÁGUA
CHEGANDO NO IPANEMA APÓS A PONTE DA BARRAGEM. FOTO/ARQUIVO.
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