A COR
DO INVERNO
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de maio de
2013.
Crônica
N º 1011
A COR DO INVERNO. (Autor). |
Chega o mês de maio após
muita festa na Capital do Sertão, Santana do Ipanema, em Alagoas. Festas de
emancipação de povoado à vila. Desta vez São Pedro cooperou bastante com o
evento, quando as torneiras do céu foram liberadas para o tempo seco que
persistia há meses. Não houve a dança do índio pedindo chuvas nem procissões
específicas, mas os rogos particulares do sertanejo foram ouvidos pelo Pai
Eterno. Assim entra o mês de Maria com júbilo à frente no semiárido, espantando
a estiagem que devorou a economia de muitos. O mês de maio é o início
tradicional da época chuvosa em Alagoas e que se estende até os meados de
agosto, aproximadamente. Com o início de plantio do milho e do feijão, o homem
da roça reativa as parelhas de bois e desenferruja as máquinas de jogar
sementes sob a terra. Pode não haver tanta alegria por causa do que foi perdido
com a seca, porém a esperança marcha à frente de uma luta continuada.
As
abelhas voltam
às atividades, os bezerros sobreviventes pulam no cercado, o mato enverdece e a
alegria do homem se renova. Enquanto isso, o governo federal vai alimentando
com o pasto do PAC o Canal do Sertão, ponto definitivo da convivência futura
com a seca. Muitos barreiros foram limpos, outros foram feitos e inúmeras
cisternas esbranquiçaram a área rural do Sertão. Contudo, todos esses depósitos
d’água, juntamente com os pequenos, médios e grandes açudes, possuem o limite
de resistência. Muitos apostam que apesar da luta desigual do homem com os
rigores da natureza, teremos milho verde no final de junho para os tradicionais
festejos a São João e São Pedro. Vamos unindo as nossas preces as do homem do
campo, para que o atual mês seja de redenção e boas notícias na agropecuária de
todo interior. E se o sertanejo viu de perto o cinza/preto da estiagem, falta
contemplar agora as matizes do verde nordestino, A COR DO INVERNO.
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