segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

TESTANDO



TESTANDO
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de janeiro de 2015
Crônica Nº 1.349

Continuo questionando a crônica e o lugar da crônica. Nesses tempos de vacas gordas em comunicação, é melhor sobrar do que faltar blogs na Web, pois, muitos não escreviam por falta de oportunidade.
Iniciando a fase “crônicas”, mais para alimentar o ego entre os intervalos de um livro e outro, chego hoje a duvidar dos resultados práticos de leitura.
Penso no usuário das redes sociais e não condeno o modo de ser de cada um. Afinal, entramos num mundo diferente, complexo e instantâneo que deve ser analisado. No caso das redes sociais, especificamente o face, vejo de fato a farra como um grande divertimento em que as coisas mais procuradas me parecem ser espiar fotos e falar bobagens. Isso é o que faz o divertimento da galera aqui no Brasil e, acho mesmo que o negócio é só pra isso mesmo. E se é assim, vamos à diversão.
No caso da crônica que é uma espécie de registro do cotidiano, não vejo muito futuro nesse local desapropriado. Escrevem-se todos os santos dias com muita paixão, cuidado e sacrifício de tempo e hora.  O usuário do face, não encontra coragem suficiente para lê um texto que passe de duas linhas. Caso tenha uma foto, o camarada ainda, para não ser grosseiro, mete o clique para cima e assinala, curtir. Raramente uma leitura é feita. Como as minhas crônicas são versáteis e diárias, sinto que estou plantando em terreno árido. Experimentei anúncio, depois texto, depois anúncio e não vejo progresso. Positivamente estou na seara errada.
Imaginei apenas elaborar um tipo de marca e anunciar à crônica, numa decisão: leia quem tiver vontade.
Estou procurando uma seara específica para a Literatura. E diante do seu modo de ser, vamos continuar na avalancha, curtir foto e seguir o vamos-vamos dos apressados.


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