NELSON GONÇALVES E O VESÚVIO
Clerisvaldo B.
Chagas, 19 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica
1.804
VESÚVIO. IMAGEM: (GUIA GEOGRÁFICO). |
Ouvindo uma velha
música de Adelino Moreira, lembramos os vulcões ameaçadores de hoje em várias
partes do mundo. Mas ficou na história
da humanidade a mais famosa erupção de um vulcão chamado Vesúvio.
O fato ocorreu na
manhã de 24 de agosto de 79 d.C., no sul da Itália. O vulcão Vesúvio entrou em
atividade depois de uma violenta explosão, lançando poeira, cinzas e rochas que
chegaram a alcançar 20 quilômetros de altura e se estenderam em terra por 15
quilômetros.
Os habitantes da
cidade de Pompeia, 16 mil pessoas, refugiaram-se como maioria dentro das casas.
Em pouco tempo o material do vulcão, em grande quantidade, cobriu em poucas
horas a cidade pelas cinzas. O vulcão ainda não havia expelido lavas. Muitos
morreram soterrados e intoxicados pelos gases. Tudo impedia a fuga dos
moradores.
Na manhã do dia
seguinte, o Vesúvio continuou em erupção derramando grande quantidade de lava cobrindo
a cidade de Pompeia que era um dos núcleos habitacionais mais importantes
daquela região.
Após a tragédia, a
cidade de Pompeia ficou esquecida e soterrada por mais de 1.700 anos. Somente
em 1748, com escavações na área por alguns operários, Pompeia foi redescoberta.
Daí para cá, inúmeras
escavações foram realizadas, desenterrando mais da metade das ruínas da cidade.
Foram encontrados vários corpos petrificados nas mais diversas posições em que
foram surpreendidos.
A paisagem do lugar
foi bruscamente transformada. Mas tudo que foi soterrado pelo Vesúvio, como
móveis, pessoas, obras de arte, utensílios, serviu para os estudos que se
desenvolveram mostrando como se vivia naqueles tempos, logo depois de Cristo.
Assim o grande
compositor Adelino Moreira compôs para Nelson Gonçalves a canção: “Esta noite
ou nunca”, em que acaba imortalizando também o raivoso vulcão. Na última estrofe
da belíssima canção, diz o cantor com seu vozeirão, ligando o amor à Geografia:
“(...) Sou uma fogueira crepitando
Vesúvio de lavas colossais,
Esta noite ou nunca, meu amor,
Amanhã será tarde demais”.
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