O BOOM DA LAGOA DO
JUNCO
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Crônica 1.797
LAGOA DO JUNCO/MORRO DO QUEBRA-PEDRAS. Foto: (Eduardo Gomes). |
Nas irregularidades do relevo, surgiram na
parte mais elevada, algumas casas que se foram emendando e formado uma rua. No
fundo esquisito do terreno, a lagoa temporária repleta de juncos. Foi assim que
surgiu o bairro ainda não reconhecido como tal, Lagoa do Junco. Os juncais que
havia em Santana, surgiam também, naturalmente, no rio Ipanema. Na época o
junco servia de matéria-prima para o fabrico de colchões, muito antes da
chegada dos colchões de mola e de espuma. Havia na cidade três ou quatro
fabriquetas de colchões de juncos, inclusive, a do Júlio Pezunho, à Rua Antônio
Tavares. Mas o interessante é que os
humildes habitantes do início da Lagoa do Junco, não fabricavam colchões. Parte
dos homens trabalhava fora em profissões subalternas. Das mulheres saíram
muitas empregadas domésticas para as casas do pessoal do centro. O homem que
não trabalhava fora virava quebrador de pedras para calçamento de ruas.
Assim, o lugar ficou conhecido pelos
quebradores de pedra. A expansão do pequeno núcleo se deu para o lado esquerdo
em direção ao açude do Bode e, outra parte, subiu o morro (único de Santana,
habitado) à custa deles mesmo até chegar ao topo e prosseguir em linha reta
pela lombada em direção leste.
Pouquíssimas pessoas do centro de Santana conhece a subida e as ruas que
se formaram no cimo do morro do Quebra-Pedra. É um cenário muito bonito, mas
como já falamos antes, nenhum mirante santanense é explorado ou divulgado. Em
nosso livro, “O Boi, a Bota e a Batina, história completa de Santana do
Ipanema”, falamos do riacho sem nome que sai da Lagoa do Junco, atravessa a
BR-316, durante o inverno, e vai despejar no rio Ipanema, no lugar Maniçoba.
Atualmente, o lugar inteiro estar ganhando
calçamento, coisa que assanha danadamente os caçadores de votos. Toda a região
abaixo do Bairro São Vicente, chamamos Lagoa do Junco, muito embora a parte da
UNEAL e Batalhão de Polícia seja chamada ainda por alguns antigos moradores de Bairro
Bebedouro, que antes era completamente longe, ligado à BR-316, apenas por um
corredor de aveloz. A parte antiga da Lagoa do Junco ganha calçamento e, a
parte nova, loteada, vai se sofisticando com UNEAL, Escola Piloto, Batalhão de
Polícia, Complexo da Justiça, fábricas e casas comerciais em estilos modernos,
que ajudam no embelezamento do bairro e da saída da cidade com direção a
Maceió. Esperamos que o nome Lagoa do Junco seja conservado com a tradição e
não mudado em nome de qualquer um.
Enquanto isso o povoado AREIAS BRANCAS,
recebe tremenda injustiça de ser chamado AREIA BRANCA, coisa fictícia de quem
não teve o que fazer, pois. “O Boi, a Bota e a Batina,...” traz a história profunda
e bem pesquisada de AREIAS BRANCAS e de Dois Riachos. NADA DE AREIA BRANCA, NADA, NÃO EXISTE.
Apelamos para o Departamento de Cultura para corrigir a ABERRAÇÃO. Você sabe
como surgiu o nome do povoado Óleo? Temos o seu histórico.
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http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2017/12/o-bo0m-da-lagoa-do-junco.html
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