QUESTÃO
DE PULSO
Clerisvaldo B.
Chagas, 13 de agosto de 2012.
Crônica Nº 840
Vôlei brasileiro feminino em êxtase. (Fonte: SMN). |
Verdadeiro espetáculo foi dirigido pela TV Record com a
final do Vôlei Brasil e Estados Unidos. Uma cobertura da mesma qualidade da
Seleção Feminina, em vibração e imagens. Que desabafo extraordinário o das
meninas do Vôlei! Depois de inúmeros dias longe de casa, sofrendo pressão fora
e dentro das quadras, bem que não poderia ser de outro jeito. Uma emoção que
saltou em muito o protocolo britânico comedido. E se o amarelo é cor natural da
alegria, passou a ser também a da euforia vitoriosa quando encheu os olhos da
plateia em expectativa. Se nós não vivenciamos pessoalmente um momento único de
campeão olímpico, fomos contagiados pelas nossas atletas. As brincadeiras após
a vitória procuravam espantar os fantasmas últimos que puxavam para baixo.
Disseram muito nos comentários sobre técnico não ganhar medalha. Não é nada
fácil burilar um grupo de atletas, primordialmente, do sexo oposto, até
conduzi-lo ao pódio. É preciso muitos nervos, como nervos até demais, tem e
teve Zé Roberto com marreta à mão quebrando lajeiros até o cume. Além da calma
necessária, uma rara educação mostrada na tela e a conquista inédita, faz o
técnico brasileiro ganhar uma simpatia impar.
O murro estonteante que recebemos no futebol foi
muito duro e desmoralizador não resta dúvidas. Felizmente, para nos levantar da
estrondosa queda, as meninas da quadra, puxaram pelos nossos braços. Bem que o
Esquiva também poderia ter trazido o ouro para o Brasil. Em nossa modesta opinião,
foi prejudicado pelos árbitros, porém, teve sua parcela de culpa, pois dava a
impressão de que lutava com mais medo de perder do que a vontade de ganhar. Como
se diz aqui pelo nosso Nordeste era meter a mão logo no pé do ouvido do japonês
e pronto. Não se tornou agressivo, foi muito mole, fique com a prata mesmo. Estamos
falando da tarde do sábado quando dividimos o amargo das derrotas e o prazer da
vitória nas Olimpíadas. Tantas modalidades apresentadas e tanta repetição de
frase: “O brasileiro (a brasileira) está
fora”. É justamente na hora das competições, quando surgem os defeitos da
política voltada para o esporte brasileiro. Ficamos como verdadeiros Sacis,
pulando ao lado de corredores de duas pernas.
No futebol, para onde partir? A desconfiança do povo no
técnico vem há muito. Mas, se perdemos na primeira opção do Brasil, ganhamos na
segunda. Perde-se no futebol, se ganha no vôlei. À tarde do sábado não estava
para canelas, mas, com toda estabilidade, era somente uma QUESTÃO DE PULSO.
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