RELÂMPAGOS
E TROVÕES
Clerisvaldo B.
Chagas, 22 de janeiro de 2013.
Crônica
Nº 952
Após longa estiagem no semiárido alagoano, que acompanha
outros estados nordestinos na mesma faixa, finalmente as chuvas alegraram o
sertanejo. O inverno de 2012 chegou atrasado, quase sem a esperança dos agropecuaristas,
prolongando-se até o mês de outubro, tradicionalmente o mês mais seco do ano,
não necessariamente o de mais alta temperatura. Tanto é que muitos eventos eram
marcados para outubro, falam, pois era o mês que não chovia intermediário entre
o inverno e as primeiras trovoadas. Mas, há dois anos que as últimas chuvas de
inverno penetram nesse mês tradicionalmente seco. Isso demonstra que de fato a
região também foi atingida pela mudança climática do planeta, desafiando os
camponeses especialistas em decifrarem o tempo. Se as estatísticas gerais dão
um número alarmante de animais mortos pela seca, por outro lado, ficamos sem
esses números específicos para o estado de Alagoas. Não se têm dúvidas de
milhares de mortes de gado bovino no estado, apesar do abastecimento d’água
através de várias adutoras que cortam Sertão e Agreste.
Muitas estradas asfaltadas, transportes e
comunicações como nunca, evitaram a tragédia de mortes de pessoas que se
deslocam com facilidade para as cidades abastecidas. Porém, não tendo como
levar o gado, o criador vê com tristeza a dizimação cruel do seu rebanho.
Algumas localidades são abastecidas por caminhões, porém, água sem comida de
nada adianta. Vimos caminhões do estado de Pernambuco transportando palma
forrageira de Alagoas para alimentação do gado naquele estado. A palma
amarelecida e murcha parecia contaminar de tristeza os próprios veículos
transportadores. No dia 18 de janeiro, finalmente a chuva mostrou-se no Sertão,
que se cobriu de nuvens negras pesadas relâmpagos e trovões. Soubemos de muita
chuva no povoado Caboclo, região entre as cidades de Pão de Açúcar e São José
da Tapera. Santana pegou apenas a rebarba como periferia da chuvada.
Entretanto, ontem, dia 21, durante à tarde, o céu virou cor de chumbo e choveu
na região de Santana do Ipanema do Ipanema a valer. Para quem nunca mais tinha
ouvido a voz rouca e amedrontadora do trovão, fartou-se porque houve estrondos
até daqueles que conduzem a muitos para debaixo da cama. Os céus derramaram
muita água por aqui, alegrando o sertanejo que sofria também com o calor intenso.
Parece que essa parte da Natureza no momento foi solucionada. Benditos
RELÂMPAGOS E TROVÕES.
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