SERTÃO 24
HORAS
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de
janeiro de 2013.
Crônica Nº 945
Abrimos espaço
para o artigo publicado abaixo no Site Sertão24horas:
Prestigie
a noite de autógrafos dos livros “Lampião em Alagoas” e “Negros em Santana”,
dia 19.
8.
Janeiro 2013. Redação.
Site:
Sertão24horas.
Escrito
por Fernando Valões ─ Secretário de Cultura de Santana do Ipanema.
CLERISVALDO MARCELLO |
O escritor e romancista Clerisvaldo B. Chagas, o Professor e pesquisador
Marcello Fausto e o empresário Pedro Pacífico, lançam na noite de sábado, dia
19, no Tênis Clube Santanense, às 19h30. Os livros “Lampião em Alagoas” e
“Negros em Santana”. O primeiro conta a história de Lampião e seu bando em
Alagoas. O segundo resgata a história dos primeiros negros em Santana do
Ipanema.
"Lampião em Alagoas"
A obra destaca o fenômeno do cangaço em Alagoas, analisa as bases históricas e a
atuação dos grupos do cangaço. O Brasil precisava de um livro que fizesse um balanço exaustivo
do que se escreveu sobre este fascinante fenômeno social e cultural do Brasil
no século passado. O escritor Clerisvaldo Chagas e
o Pesquisador Prof. Marcelo Fausto reviraram
uma vasta bibliografia sobre o cangaço para estabelecer certa ordem, e
um método, na discussão e compreensão do mundo de Lampião e outros cangaceiros em Alagoas.
O livro eleva a análise do
cangaço a um patamar superior e serve como inspiração para se pensar outros
tipos de banditismo, inclusive nos dias que correm.
“Lampião
em Alagoas” destaca como o cangaço apareceu em
Alagoas, à forma pela qual se moviam as contradições típicas de uma
sociedade formada por populações errantes, pobres e vitimadas pelo mandonismo
local e marcada pela instabilidade. As vivas
descrições geográficas revelam que os autores realmente percorreram
o sertão alagoano, relatando “os
casos de violência, torturas, as relações amorosas, o cotidiano, o papel das
mulheres, a questão racial, os hábitos alimentares, as relações políticas, o
coronelismo e as formas de combate”.
Para se entender toda a complexidade da dinâmica
social do Sertão e do Agreste alagoano, o
surgimento e o fim do cangaço e as implicações que ele exerceu sobre as populações
locais o livro aborda os diferentes fatores
de aparentes “imobilidades” e sobrevivências de resquícios culturais, como
também as rupturas e modificações conjunturais e estruturais em Alagoas. A compreensão dos distintos traços
característicos do modus vivendi local, do misticismo, do fanatismo, das
superstições, da religiosidade, do “coronelismo”, das disputas familiares, da
estrutura política e administrativa em Alagoas,
e a presença de jagunços e coiteiros dentro da chamada “Civilização do Couro”.
“Negros em Santana”
A obra teve a participação
do empresário e universitário Pedro Pacifico e do Professor Marcelo
Fausto. É um estudo da escravidão brasileira, aborda temas como vida
cotidiana, as lutas pela liberdade e a povoação em Santana do Ipanema. O
sofrimento do negro e sua revolta em relação à sua condição são tratados de
maneira criteriosa, com uma profunda avaliação do momento histórica e seu
contexto. Nesta época, em que tanto se fala sobre os 513 anos de Brasil, este
livro cumpre o importante papel de não nos deixar esquecer as feridas de nosso
passado.
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http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2013/01/sertao-24-horas.html
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