HISTORIANDO
A PECUÁRIA NORDESTINA
Clerisvaldo B.
Chagas, 3 de dezembro de 2014
Crônica Nº 1.316
Homenagem ao vaqueiro. (Wikipédia). |
O boi sempre esteve
presente em todo o território nacional, deixando um legado econômico e
folclórico em cada região.
A ocupação
nordestina, tendo com base à pecuária, foi formada, principalmente, por dois
troncos, dizem os pesquisadores, constituídos pela Bahia e Pernambuco.
Em meados do século
XVII, as fazendas de gado foram chegando ao rio São Francisco. Nesse caso, o Rio da Unidade Nacional, também formou e
dirigiu duas rotas importantes que iriam ajudar a disseminação animal em outras
plagas. Uma dessas rotas foi o seguimento rio acima do São Francisco, a partir
do princípio do século XVIII. Foi uma época em que as minas foram atraindo mais
gente, ocasião em que aumentou a procura pela carne.
A outra rota, ao
invés de seguir rio acima, atravessou o São Francisco em direção ao norte,
dando início a ocupação do Piauí. Do Piauí a expansão prosseguiu em busca do
Maranhão e Ceará. Deu-se, então, o encontro com o tronco saído de Pernambuco percorrendo a
Paraíba e o Rio Grande do Norte.
Precisando de pouca
mão de obra, a ocupação do interior nordestino pelo gado, apresentava baixa
densidade demográfica.
Essa faixa ocupada
pelo gado, tinha, além disso, a chamada agricultura de roça ou de subsistência.
A produção era mais para manter o pessoal das fazendas. Como tudo ainda estava
no início, o comércio não representava uma força. É de se saber, entretanto,
que centenas de arraiais e povoados evoluíram, e, com o tempo tornaram-se
núcleos importantes tanto de comércio quanto de fabriquetas que serviam à
região.
Na área do semiárido,
quase todas as cidades nasceram do berro do boi. O rio São Francisco, mesmo,
chegou a ser chamado de rio “dos Currais”.
·
O
autor também é especialista em Geo-História.
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