terça-feira, 23 de dezembro de 2014

MEU SERTÃO CONTINUA



MEU SERTÃO CONTINUA
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de dezembro de 2014.
Crônica Nº 1.329
Foto:(Clerisvaldo).
Ainda trazendo dicionário, usos, costumes, História, Geografia, Sociologia, Economia e Artes do nosso sertão nordestino: Vamos ver se você conhece:
Arataca. Armadilha para apanhar pequenos animais como o mocó e o preá. É composta por uma espécie de gangorra, feita de tábua, segura pelo meio, pregada numa retangular base de pau. Cava-se um buraco nas veredas, coloca-se a arataca como tampa que cede em ambas às extremidades. O pequeno roedor pisa na tábua cai no buraco e a tampa, automaticamente se fecha, capturando a presa.
Arapuca. Outro tipo de pequena armadilha, esta para capturar pássaros. É formada por vários pedaços de pau que tomam forma de pirâmide. Fica no chão, escorada por um lado, erguida por três. Um pauzinho escora dentro a parte erguida. O pássaro entra atraído pelo alimento colocado, como grãos de milho, por exemplo, bate na escora, a parte erguida cede e captura.
Laço. Também é armadilha para pegar passarinhos. Era muito usado o laço feito de um fio de rabo de cavalo. O caçador habilidoso faz o laço na boca do ninho de forma tal que a ave senta em sua casinha, mas ao sair, fica com a patinha presa.
Cumbuca. Armadilha para pegar macaco. Consiste numa cabaça (fruto do cabaceiro) cuja abertura cabe a mão fechada do animal. Coloca-se dentro a isca que geralmente é uma banana. O macaco vê a banana, passa mão fechada pela entrada da cumbuca, pega a banana, mas não consegue retirar a mão fechada com a isca. Não lhe vem à lembrança de soltar o objeto para retirar a mão.
Por causa desses usos e costumes sertanejos vêm os termos:
“Fulano caiu na arataca”. “Eu não caio em arapuca”. “Beltrano caiu no laço do amor” e “macaco velho (experiente) não põe a mão em cumbuca”.
Depois voltaremos com mais curiosidades sertanejas, para enriquecimento da tradição.


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