O ESCRIBA
EGÍPCIO
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de
dezembro de 2014
Crônica Nº 1. 318
Sobre a história do antigo Egito,
sempre fomos, entre tantas riquezas culturais, atraídos pela simpática figura do
escriba. Àquela escultura que representa o escrivão da época, atrai pelo talhe
e detalhes de uma figura altiva, vivaz e charmosa, feita por um escultor tão capaz
quanto o próprio escriba em sua profissão.
Muito embora essa palavra
represente outras funções em outros setores como a religião, por exemplo, não
deixa também de possuir uma sonoridade aos nossos ouvidos.
Graças ao escriba, pessoa educada
nas letras, sabemos inúmeras coisas a respeito daquela civilização do rio Nilo.
O escriba tanto usava escritas hieróglifas (ideogramas figurativos) e hieráticas
(linguagem religiosa em papiro) como depois, a escrita Demótica (linguagem do
cotidiano egípcio) e dena (aritmética).
Os filhos seguiam na mesma linha
dos pais, que iam para a escola e quando entravam no serviço civil, herdavam
suas posições.
O escriba era no Egito, pessoa
muito importante e respeitada. Além de ser considerado parte da corte real, não
tinha obrigação de pagar taxas ou se juntar às forças armadas. Outro privilégio
dos escribas, era a dispensa de trabalho manual pesado, coisa das baixas
classes.
Os escribas supervisionavam as
construções de edifícios, enquanto documentavam atividades administrativas e
econômicas. O que se contava pelo povo, sobre o próprio modo de ser dos habitantes
e mesmo de fora, era registrado pelos escribas.
Vê-se, então, que esse dedicado e
inteligente personagem, exercia muito mais funções do que o escritor de hoje. Porém,
como já disse há muito, alguém, sobre os artistas: o governo deveria garantir a
sobrevivência desses que criam e ornamentam o belo.
O escriba também tinha seus
similares, assim como os atuais escritores das mais diferentes áreas têm os
seus.
E se desde os tempos de estudante,
admirávamos os escribas do antigo Egito, o respeito aumenta em cada
retrospectiva feita.
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