A PRÓXIMA FIGURINHA
Clerisvaldo B. Chagas, 31 de dezembro de 2014
Crônica Nº 1.335
Foto: (guiadealagoas.blogspot.com) |
Houve tempo em que vinham também figurinhas
de jogadores, dentro de pequenas embalagens de confeito, coisa chamada lá no Sudeste
de bala doce. Comprávamos as balas e saíamos trocando com outros meninos as
duplicatas. As figurinhas formavam times completos de futebol: América, Vasco,
Olaria, Piracicaba, Bangu, Palmeiras, Flamengo e outros, até formar o álbum
único com todos os jogadores. O atleta
mais difícil de encontrar era Ademir, do Vasco, o maior da época. A moda que
pegou entre a rapaziada era muito forte. Havia gente trocando figurinhas na
cidade, em todos os bairros.
A maior expectativa era a da hora de abrir a
embalagem da bala. Todos queriam jogadores raros. Havia, contudo, elementos que
saíam direto, chegam enjoava. Penso que os piores. Como era grande a satisfação
de encontrar um jogador de excelente qualidade! Coisa rara e gratificante.
Assim ocorre com os nossos dirigentes
estaduais e mesmo municipais. No estado de Alagoas temos uma fileira dos
péssimos que vêm desde o após excelente Guilherme Palmeira. Meu pai, homem
simples e sábio, dizia que “bom
administrador, é como cavalo bom, longe um do outro”. E após o governo
Guilherme Palmeira só passa pelo palácio
cavalo chotão.
Nesse último dia do usineiro zero à esquerda,
é acompanhado do já vai tarde! Nova
bala doce na mão, o alagoano pergunta aos céus quem será o próximo jogador. Um
novo Ademir ou o último da fila...? Isto é, um novo Guilherme ou outro péssimo
da matemática. Amanhã, abriremos a figurinha.
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