O DEBATE
DO MUNDO
Clerisvaldo
B. Chagas, 21 de junho de 2012.
Crônica nº 800
Difícil é um
acordo entre duas pessoas, sobre qualquer tipo de assunto. É por isso que
existe o Tribunal de Pequenas Causas. Mesmo assim, os processos se acumulam em
todos os lugares do Brasil, pela falta de acordo entre ambas às partes, num
gasto de tempo medonho que duram até muito mais de dez anos para uma decisão
final. Como querer, então, que esse mundo tão complexo, entrasse em acordo
maravilha que satisfizesse a gregos e troianos? Negociações são coisas
profundamente persistentes e desgastantes e mesmo na urgência do tema leva
tempo para serem compreendidas as propostas e discutidas. Cada país tem seu idioma,
costumes e pensamentos próprios e não é fácil sentar ouvir e concordar com
tudo. A simples presença de todos em redor de uma mesa, por si só já é uma
vitória importantíssima para uma conferência de tal magnitude. Certo que o tema
pode ser um só, motivo de interesse de todo o planeta, mas não existem temas
isolados, pois suas ramificações formam uma rede complexa e de interesses
diversos. Além disso, o egoísmo ainda é um sentimento muito forte na
humanidade, assim como a arrogância e o complexo secular de mando. Sou da parte
dos que acham que avançamos muito nas negociações do Rio. Os resíduos vão sendo
varridos depois com o tempo, pois é assim que funciona e sempre foi assim.
Frases ditas e
captadas pela mídia, entre os chefes ou representantes de estados são
interessantes e levam à reflexão: “Não
tenho dúvida de que estaremos à altura dos desafios que a situação global nos
impõe”, falou a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff. Por sua vez, disse
Ban Ki-Moon, secretário-geral da ONU: “Fizemos
história esta semana. Estamos perto de fazer um acordo que pode criar nosso
futuro sustentável”. Vejamos outra frase importante do novo presidente
francês, François Hollande: “O
desenvolvimento sustentável não é um entrave, é uma oportunidade”. No meio
disso, a advertência do primeiro-ministro da China: “O processo global de desenvolvimento sustentável não é um processo
equilibrado. A brecha entre Norte e Sul aumenta cada vez mais”, falou Wen
Jiabao. Até mesmo Mahmoud Ahmadinejad filosofou: “Não devemos buscar hegemonia a custa de outros povos e seres humanos
que habitam o planeta”.
Independente de
tudo, o Brasil ganhou destaque especial sediando acontecimento tão importante
para o planeta Terra, perto de outros dois gigantescos eventos, a “Copa das
Confederações” e a “Copa do Mundo de Futebol”. Motivos imensos de honras,
destaques e confiança. Chegou bem em 2012, a vez de dá às cartas e ser vitrina.
Motivo de orgulho total para encher o peito de ar dos brasileiros. Voltemos ao
DEBATE DO MUNDO.
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