O NÓ DAS LUVAS BRANCAS
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de junho de 2012.
Crônica Nº 803
Cai
Fernando Lugo por
não saber governar o seu país, dizem os seus compatriotas. Se essa moda pegasse
aqui no Brasil em relação às prefeituras, apenas um punhado de prefeitos
continuaria no poder. E se levasse o caso para o legislativo, seria outro
punhado apenas de vereadores, deputados e senadores que continuaria mamando nas
gordas tetas governamentais. Um arrastão pelo Judiciário, como a coisa anda,
somente Deus não se surpreenderia com o resultado. De vez em quando,
perdidamente, ainda se ouve uma notícia que injeta um pouco de ânimo na
população, porém, com muitas dúvidas ainda como o caso de auxílio paletó.
Entretanto, isso não justifica o que aconteceu no Paraguai que até hoje não
deixou a Venezuela fazer parte plenamente do MERCOSUL, por causa da meia
democracia do seu dirigente. Quando se pensa, então, que no país central havia
solidez democrática, surge o exemplo de um golpe sutil, um golpe de luvas
brancas que não irar permanecer somente no inchaço da pancada. A América
Latina, a velha América Latina, viciada em golpes no passado, ainda não
esqueceu em definitivo a velha prática malfazeja. De vez em quando evoca
fantasmas de cartucheiras ou de tronchos idealistas que ainda não deixaram a
nossa atmosfera.
“Lugo sofreu impeachment nesta sexta-feira por ‘mal
desempenho de suas funções' após a morte de 17 pessoas durante uma desocupação
policial violenta em uma propriedade rural”. Como o processo para derrubar o homem foi rápido,
nem houve tempo para nada. A condenação já estava carimbada antes do suspeito
julgamento do presidente. A reação da América do Sul, por enquanto, parece
quebrada e sem muita consistência, mas esperamos todos que após a reunião que
será realizada na próxima quarta, entre os países da região, possamos enxergar com
mais clareza como ficará a novidade do Paraguai. Está à mesa o primeiro grande
teste da UNASUL, criada para esse tipo de coisa mesmo. Fazem parte da UNASUL
Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru,
Uruguai, Suriname e Venezuela. Entre “trancos e barrancos”, o mercado do Sul
vai caminhando, sem ter mais como retornara à individualidade.
O bloco reúne 440 milhões de habitantes.
E como se fala hoje em dia em PIB, ele aparece por aí em torno de US$ 2,3
bilhões. Como ficará tudo isso? Para o Paraguai que representa um estado
sufocado normalmente, muito mais sufocado ficará se vierem duras sanções
oficiais de seus vizinhos. Um castigo de
luvas pretas para O NÓ DAS LUVAS BRANCAS.
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